As pessoas estao estão cada vez mais individualistas.Ontem eu estava andando “em familia”, tinhamos ido na farmacia para dar uma volta, fazer um exercício. Atravessando um farol, lá estava uma moça num Gol velho, bem velho, tentando fazer o carro pegar, e nada do danado dar sinal de vida. Eu demorei pelo menos cinco minutos para conseguir atrevessar, e contando que ela ja estava ali antes de eu chegar, e continuou após eu ter ido embora, contem ai o tempo que ela deve ter afogado o carro de tanto tentar fazer o bichinho pegar. Mas a cena não está completa ainda. Nesse tempo todo, passou todo o tipo de gente perto dela: homens, mulheres, crianças, policiais, enfim, um mundo de gente que podia gentilmente se oferecer para dar um empurrãozinho no carro, mas ninguém nem dava bola pra ela. Eu até me senti mal com isso, por estar com um nenem no colo e não poder ter ajudado. Eu pensei que isso podia estar acontecendo comigo, e não estaria melhor do que ela naquele aperto.
E aconteceu.
Hoje estava eu indo pra faculdade de onibus e metro. Contei o dinheiro: eu tinha exatos oito reais. Isso dava pra pegar o onibus té o metro, o metro, e o onibus até a facu, e ainda tomar um sorvete. E lá fui eu com o Vinicius no canguru. O negócio já começou a dar errado na ida. Eu tava no primeiro onibus e começou a chover. Até ai tudo bem, porque o terminal é coberto, o metro também (pensei). Mas por qual motivo nao sei, o onibus não parava no terminal. Lá vai eu correndo garoa abaixo com um pano na cabeça do Vi. No metro, tudo bem, fui chupando meu sorvete feliz e contente, até porque não tinha almoçado ainda e já era cinco horas da tarde. Mas, parece que eu fiz as contas erradas, porque chegando no metro Bresser, meu ponto final, eu só tinha em mãos R$ 1,70. Sim faltava trinta centavos. E o pior, estava o maios toró. Sim, eu podia ir apé até a facu, meia hora andanda, mas e a chuva? E eu sem guarda chuva com o Vi a tira-colo?
Bom, “mendigar” trinta centavos estava completamente fora de cogitação. A chuva parar também estava completamente fora de cogitação. Então fui andando para ver se no meio do caminho alguem gentilmente cedia seu guarda chuva velho, afinal, eu estava com uma criança nos braços. Hahahha: doce ilusão. Cheguei a ficar uns dex minutos paradas em frente a uma doceria, onde o povo olhava, perguntava, mas nada de oferecer uma ajudinha. Até que, no meio do caminho, o dono de um bar que tocava forró ofereceu ajuda, mas o que ele tinha era simplesmente um saco, tipo uma estopa, fez de um jeito que ficou do tamanho do Vi. É claro que eu aceitei, porque já estava até atrasada pro compromisso (isso porque eu sai de casa com duas horas de antecedencia).
Bom, depois dessa aventura, aprendi que da próxima vez que eu achar “uma mulher que não consegue ligar o carro” (metafóricamente) eu vou ajudar, porque tudo volta pra gente. Tudo.
É o capitalismo contemporaneo.
Ai Al, eu bem que ri muito quando li esse post… muita engraçada vc… e até no meio da rua vc tem que ser orgulhosa?? dane-se, pede dinheiro, eu sou mais caruda e peço cigarro, porra!!
Saudades de voceeeeeee
ve meu blog..
beijos
haha isso me lembrou qdo eu fui encontrar o juliano e o cara veio me pedir cartao telefonico e eu nao quis dar pq tava com preguiça de procurar ai depois fiquei com remorso…. mas um outro belo dia me perdi e nao tinha como ligar pra uam entrevista huashuasuhsa mas tb nao mendiguei cartao telef na rua nao uhahuahua