Autor: Aline Sieiro (Page 11 of 30)

Feminilidade e Maternidade

Muitas mulheres buscam na maternidade e no casamento a compensação de sua falta. Porém, o casamento envolve um outro sujeito que também convive com sua falta, e está relação estará sujeita a todas as questões de sexualidade que falarei em outro texto. Já a maternidade soluciona, mesmo que temporariamente, a falta do falo da mulher. A mãe tenta compensar sua falta-a-ser na criança. Esse é um recurso específico da mulher para compensar sua perda de gozo: ela pode gerar filhos.

Para Zalcberg, um filho desperta na mulher não só o sentimento materno, mas também desperta a mulher em falta, já que este simboliza o gozo perdido. A mãe vê na criança a oportunidade de se recuperar de sua própria falta. Porém esta situação dura um tempo determinado, já que a criança será seu falo somente até certo momento da vida. Assim, a mãe também é esta sempre fazendo o luto da perda da criança como seu objeto.

Ainda no começo da vida do bebe, a mãe transfere para ele todos os sentimentos vindos de sua própria vida sexual. O modo como acaricia e amamenta, por exemplo, mostram como a criança se torna o substituto do objeto sexual para a mãe. Freud não só enfatiza essa questão, como menciona que isso é necessário para o desenvolvimento da criança. No entanto Soler complementa que, ainda sim a mulher não resolve inteiramente seu problema fálico, pois logo percebe que o bebe não pode ser seu falo, e logo deve ajudar seu própria filha a lidar com a sua própria falta. Faz-se, então, importante abordar a relação mãe-filha um pouco mais de perto.

Quando a mãe descobre que seu bebê será uma menina, suas fantasias inconscientes automaticamente são transferidas para a filha, seja por sensações ou por memória corporal. É importante lembrar que, a mãe desta menina já foi filha, assim como a avó desta menina também já foi filha, ou seja, as mulheres transmitem, de geração para geração suas experiências, fantasias e expectativas.

Na menina que nasce a mãe vê o recomeço de sua própria vida e também o início da vida de sua filha como uma possibilidade de reparar e mudar tudo que as relações mãe-filha anteriores não conseguiram. Nessa perspectiva da mãe como mulher, o nascimento de uma filha pode despertar nela questões sobre a própria falta, que foram um dia evitadas, reavivando questões aparentemente superadas ou apenas adormecidas em uma mãe.

Zalcberg também diz que, se por um lado o nascimento de uma filha pode promover o despertar da feminilidade por meio de certo preenchimento, ao considerar a criança como seu falo, por outro lado a mãe pode ver na filha a perda de seu espaço de constituição de sua sexualidade e feminilidade. A semelhança do corpo feminino de mãe e filha, além da proximidade entre elas favorece uma identificação de ambas pela dependência que as conecta, em busca de entender e completar a falta-a-ser de cada uma. Assim, muitas vezes elas se tornam prisioneiras da própria relação, pois não vêem outra saída para ser mulher além do ser mãe e filha.

Essa relação que ocorre entre mãe e filha pode prejudicar a constituição de suas próprias imagens e sexualidades. Por um lado, a menina se vira para mãe em busca de carinho e de uma imagem sobre seu corpo, para que tenha a confirmação de que aquele corpo realmente a pertence. Depois, ela busca na mãe que esta reconheça seu corpo como feminino, também marcado pela falta. Nesse caminho logo surge a dúvida sobre sua identidade sexual – não identifica se é menina ou mulher. Por outro lado, muitas mulheres ao alcançar a condição de mãe se vêem confrontadas a escolher entre ser mãe ou ser mulher, como se fosse impossível conciliar ambas as tarefas.

Considerando o ser mãe e o ser filha como um dos pontos importantes para a constituição da feminilidade e sexualidade, podemos falar um pouco sobre alguns tipos de mães e filhas e suas implicações para o entendimento do universo feminino.

1. Mais mãe que mulheres

Para as autoras Eliacheff & Heinich, quando um bebê nasce, algumas mulheres se transformam e ficam completamente absorvidas pela maternidade, deixando de lado a própria identidade e o lugar de esposa, chegando por vezes a trocar a sexualidade conjugal pela sexualidade maternal. Elas se aniquilam nessa relação, e trocam as exigências maritais pelas exigências do filho. Essa situação pode chegar a um extremo, no qual o desejo de simbiose pode criar um vazio em torna da relação entre mãe e bebê, e todos os outros vínculos perdem lugar. Esse extremo apego, na qual a mãe dá ao filho todo a lugar em seu gozo, cria uma relação de dependência muito extrema, da mãe para com o filho.

Nos primeiros meses de vida os bebês exigem grande atenção da mãe nos cuidados, na amamentação, enfim, em muitos momentos. Porém a mãe não pode se utilizar dessa exigência para dedicar-se exclusivamente ao bebê, e muito menos deslocar as sensações eróticas que deveria buscar no marido, para o bebê.

Quando essa relação de dependência continua após o crescimento da menina, a mãe, ao se dedicar totalmente ao seu bebê, na verdade busca através desta a si mesma e a realização de seus próprios sonhos. Por vezes abandona o marido e rejeita os homens, pois coloca a filha na posição destes. Protegida pelas virtudes da maternidade, a mãe pode, sem vergonha, utilizar a criança para projetar nela suas próprias fantasias de sucesso.

Porém,  conforme a menina vai crescendo, e se tornando adolescente, a mãe percebe e teme ser excluída da vida de sua filha. Assim, tenta adiar esse momento excluindo a filha do mundo externo e controlando-a o tempo todo. A filha por sua vez, também teme esse momento pois percebe que terá que viver sua própria história, fazer suas próprias escolhas, e teme não conseguir sem a mãe uma vez que nunca se viu sem ela.

Quando a adolescente começa a viver seus momentos longe da mãe, esta pouco a pouco vai sentindo a ausência da filha e se vê novamente em contato com seu vazio. Por isso pode usar de diversas artimanhas para voltar a atenção da filha novamente para ela. A filha, por sua vez, por medo e por culpa pode renunciar a própria vida, a liberdade, para ficar e continuar esse laço com a mãe. Enquanto uma quer seguir adiante, a outra quer voltar, porém a mãe tem a seu favor a norma social que encoraja as mães a serem verdadeiras mães, totalmente mães de modo que a filha tem contra si o peso desta norma.

Já na fase adulta, quando essa relação se prolonga, muitas vezes o que se vê é um casal formado por uma velha mãe que não quer que sua filha cresça, e uma velha filha que não consegue se furtar a dominação da mãe. Eliacheff & Heinich dizem que a filha, porém, nunca conseguira satisfazer sua mãe, já que ocupa o lugar de um vazio que nunca deixará de existir. A mãe está sempre pedindo mais da filha, de modo que essa relação nunca chega a um ápice. Ambas se iludem que ao excluir um terceiro podem tornar-se uma só, e assim encontrar o caminho para a feminilidade. Uma se espelha na outra, e se confundem, já que não sabem os limites de identidade entre elas. As duas se tornam tão dependentes umas das outras que já não conseguem se desligar e fazer o corte necessário para que cada uma encontre seu próprio caminho.

2. Mais mulheres do que mães

Diferentemente das mulheres que optam por ser apenas mães, há aquelas que decidem tornarem-se mais mulheres, como forma de buscar sua feminilidade. Eliacheff & Heinich acreditam que existe também a mulher que só vive sua feminilidade na vivencia de uma paixão. Desta forma, não consegue amar e ser mãe para sua filha pois está mais ocupada em viver sempre apaixonada por um homem, seja este qual for.

Ainda considerando esse tipo de mulher que, embora mãe, não busca a maternidade como caminho para a feminilidade, há a mãe-estrela. Segundo Eliacheff & Heinich, as mães estrelas não conseguem ter outra paixão além de sua própria profissão. Nesse caso, uma filha para continuar se relacionando com esse tipo de mãe pode adotar uma postura de inferioridade, pois sabe que para estar ali precisa ser menos do que a mãe. Outra conseqüência de uma vivência com esta mãe, é que ela pode não aprender como se relacionar com o masculino, já que nunca teve o exemplo vindo da mãe.

É preciso destacar que exageros, não importa para qual lado, nunca são bem vindos nessa relação. De outro lado, parece importante ressaltar que não existem mães boas ou más. Existem mães complicadoras ou facilitadoras para suas filhas, ou que tornam o vinculo torto para produzir filhas difíceis, sufocadas pela ausência ou excesso de espaço entre elas. O importante, nessa relação seria lembrar a necessidade de um terceiro, e em que lugar este é colocado na relação de mãe e filha, numa espécie de equilíbrio.

Desta forma, podemos entender porque Lacan faz da figura do pai algo tão importante em sua teoria, quando se discute qualquer relação. É esse terceiro que exercerá o papel da lei, e que poderá efetuar corte, fazer barreira e deste modo constituir sujeito. Até porque essas separações em estruturas e papéis que fazemos para efeito de estudo não são tão simples e quadradas quanto parecerem, ainda que algumas teorias insistam que esse enquadramento seja possível.

(Continua)

Para ler mais

Mães-filhas: Uma relação a três – Eliacheff & Heinich

A relação mãe e filha

Feminilidade e Sexualidade – O corpo

Na busca de uma resposta para a falta de significante especifico de seu próprio sexo, a menina busca também respostas no seu corpo e na forma como vive sua sexualidade. Após Freud, outros autores como Melanie Klein adicionaram outras problemáticas pertinentes a realidade feminina. Para ela, é importante a forma como a menina representa seu genital, pois isso pode afetar a forma como ela lida com sua sexualidade e feminilidade.

De acordo com Klein, a primeira dificuldade para a menina seria de reconhecer seu genital, entende-lo e aceitar sua condição. Bernstein, por sua vez, propõe três termos para melhor entendermos essa fase da menina. O primeiro deles é o acesso, momento em que a menina percebe que não tem acesso aos próprios genitais, não pode vê-los da mesma forma que o menino, e por isso cria uma dificuldade de representação mental das partes de seu próprio corpo, principalmente em um lugar que gera sensações intensas. A falta de familiarização com seu genital torna-o alvo de fantasias proibidas ou sentimentos culposos, gerando angustia consigo mesma e sua sexualidade. Esse segundo momento denomina-se difusão.

O terceiro ponto seria a penetração. O formato da vagina, aberto, e cujo fechamento não há controle coloca a menina numa insegurança contra a sua proteção. Fantasiam sobre seu buraco e se sentem vazias, inertes. Não conhecem a origem de suas sensações e por vezes se incomodam com as mesmas, quando eventualmente ocorrem. Para a menina é como se ela tivesse um buraco aberto através do qual coisas podem sair e entrar, e que não há como abrir ou fechar, nem controlar o acesso. Assim, a menina sente como se estivesse sempre em perigo de penetração, e teme se machucadas pelo que pode entrar. Além disso, a autora complementa que, a questão de proximidade da vagina com o anus pode deixar a sensação, na menina, que sua vagina é suja.

Essa variedade de angústias, segundo Bernstein, é central no processo de definição da sexualidade e feminilidade na menina. Porém, segundo Mcdougall, um caminho possível para neutralizar essas angústias e buscas seria a menina deixar de querer ter para poder ser, ou seja, sua falta do pênis se transformaria em um desejo pelo pênis. Outra solução poderia ser a maternidade, e assim por diante.

Eu acho toda essa teoria inglesa muito interessante, mas não concordo com ela. Acredito que ela é muito apegada a concretude da “inveja do pênis”. Lacan criticava muito a escola inglesa mais ou menos nesse caminho.

No Seminário 20, Lacan fala muito sobre feminilidade. Ele trata de gozo e demanda de amor, e quando fala de sexualidade feminina diz que esse sexo fálico masculino não diz nada para a mulher, porque ela não é toda (não tem o falo). Portanto o sexo só poderá lhe dizer alguma coisa através do gozo do corpo. Para Lacan, nada distingue a mulher como ser sexuado, a não ser pelo sexo. O gozo fálico seria o grande obstáculo do homem para entender a mulher, porque são gozos distintos. Então podemos pensar que tratar a feminilidade a partir da idéia fálica de inveja do pênis seria limitar e simplificar demais a questão.

(Continua…)

Para saber mais:

– J.Lacan – Seminario Mais, Ainda

Feminilidade e Complexo de Édipo Feminino

O que quer uma mulher? Essa pergunta atravessa gerações e parece nunca obter uma resposta satisfatória. Mulheres e homens tentam ano após ano descobrir o que deseja uma mulher. Freud tentou esclarecer esse mistério discutindo sobre algumas questões femininas. No final de suas obras ele deixa a certeza de que o Édipo produz o homem, mas não produz a mulher. No entanto, manteve aberta a questão sobre o desejo feminino e deixou o caminho aberto para novas discussões, apontando, desde então, a complexidade do tema.

Lacan também discutiu a questão do feminino e polemizou com sua famosa declaração de que a mulher não existe. Entre outras coisas, Lacan dizia que  o feminino é um não-lugar, um vazio.

Considerando a vida prática, pode-se dizer que a mulher passa a vida tentando se identificar, se descobrir. Essa busca começa ainda cedo, quando a menina tenta encontrar respostas naquela que é a primeira mulher de sua vida, sua mãe. Desde cedo a relação mãe e filha já se mostra complexa, cheia de cobranças, de raiva, de culpa, de identificação, de competitividade, enfim, um eterno vínculo em busca de respostas.

Mas essa busca por identificação não para na infância. Em geral, a mulher continua sua busca, e tenta se encontrar em diversos momentos: no casamento, na maternidade, enfim, tenta se descobrir nos vários papéis que lhe são propostos. Mas quando isso acontece? Quando a mulher se identifica, se encontra? Será que esse processo de descobrimento chega efetivamente a ocorrer?

O tema sobre o feminino não é simples. Embora tenha dedicado um espaço em sua obra para discutir o tema, Freud fala do asunto como obscuro e de difícil acesso. Posteriormente, Lacan, ao estudar a obra freudiana, aborda a feminilidade, mas resgata e ressalta a importância da figura do pai, um recorte que não trata da perspectiva específica mãe-filha. Alguns autores acreditam que é nessa relação que estaria a chave para o entendimento do torna-se mulher.

Considerando que a constituição da feminilidade inicia-se logo na primeira infância, parece relevante estabelecer algumas implicações sobre o complexo de Édipo e o nascimento do ser menina. Estudando a sexualidade de ambos os sexos e sua representação infantil, Freud afirma que independente do sexo anatômico ao qual pertence, toda criança é sempre menino para a mãe, por constituir o substituto fálico para ela. A partir da análise do complexo de Édipo ele tenta esclarecer como ocorre a descoberta da sexualidade infantil para meninos e meninas. No início ele acreditava que crianças de ambos os sexos passavam pelo mesmo processo de descobrimento e interesse na sexualidade. Mais tarde, Freud descreve que a diferença entre homens e mulheres começa bem cedo, ainda na fase pré-edipiana.
Neste momento pré-edipico, o primeiro objeto de amor das crianças (meninos e meninas) é a mãe. Desta forma, ao chegar ao complexo de Édipo, o menino consegue tranquilamente estar ligado afetivamente ao sexo oposto enquanto tem rivalidade com o mesmo sexo. Já para a menina é diferente. Também seu primeiro objeto foi a mãe. Como encontra o caminho para o pai? Como e quando e porque se desliga da mãe?
Segundo Freud , essa é a primeira dificuldade no processo feminino e muitas mulheres poderiam nunca mudar de objeto, ficando presas em sua relação primeira com a mãe. A dificuldade em renunciar a mãe e renunciar seu lado masculino inclusive na sexualidade ativa pode dificultar uma identificação com o pai, e esse momento é necessário para o desenvolvimento da feminilidade. Assim, a primeira tarefa feminina seria o afastamento da mãe, a renuncia do amor por ela, e essa passagem de objeto nem sempre se realiza.
Nesta fase, para o menino, a figura do pai representa a identificação com alguém do seu sexo e ainda efetua a separação da mãe. Porém, isto não ocorre para a menina pois, ao olhar o pai, não se identifica com este e continua a procurar sua condição feminina. Desta forma, o Édipo soluciona a questão da busca de identidade masculina mas na feminina deixa um resto.
Freud aborda também o complexo de Édipo especificamente referindo-se ao momento da castração. O temor da castração, para o menino, resolve seu problema edípico, porém para a menina esse temor não é o suficiente para o abandono de sua posição e de seu objeto de amor, por isso ela permanece nesta questão por tempo indeterminado e quando se completa, é tardio e de modo incompleto. Freud percebe que o problema da castração do feminino não se tratava da falta do órgão e sim da falta de um símbolo do sexo feminino. Isso porque quando Freud introduz a lógica da castração, procurava entender além da já estudada falta do pênis como órgão externo e sim como essa falta imaginária afetaria o desenvolvimento da feminilidade.
Para entender melhor essa questão é importante falar da falta que a mãe sente por não ter/ser o falo. Lacan situa a mãe como primeira castradora da filha, pois não consegue fornecer para sua filha um símbolo de sua identificação feminina exatamente porque esse símbolo não existe. Desta forma, a menina, frustrada com a mãe, volta-se para o pai em busca de respostas que a mãe não conseguiu dar. Na seqüência, o pai segue nesta função castradora e por isso, para a menina, o momento da castração ocorre antes do Édipo e não é conseqüência dele, como ocorre para os meninos. O pai continua sua postura de castrador para a menina, pois confronta a filha com a perda de ser o falo da mãe.
Vivendo essa situação a menina teria vias de solução para resolver seu Édipo. Freud diz que uma delas seria a menina aceitar que sua demanda de um símbolo para sua identidade não pode ser atendida, e daí passar a aceitar e lidar com sua falta, como caminho para encontrar sua feminilidade. O que acontece é que para que isso aconteça é necessário que antes a mãe tenha aceitado a sua própria falta e consiga transmitir isso para sua filha, sem fazer dela seu falo.
Lacan afirma que o que diferencia homens e mulheres não é a anatomia dos sexos, e sim a forma como se submetem ao falo, ao significante do desejo, que ocorre nessa fase edípica e continua depois ao longo da vida. Para ele o ser aparece neste vazio, no falta-a-ser e é isso que o torna dependente de uma reposta, pois espera que o Outro lhe diga quem é e solucione sua questão identificatória. Portanto, a demanda da criança seria na verdade uma demanda de reposta sobre seu ser. Porém, em relação à mulher, além do falta-a-ser que a constitui ainda lhe falta um significante especifico feminino. Neste sentido, a menina busca por mais tempo ser o falo da mãe, em busca de respostas, e acredita que tendo uma mãe satisfeita será mais amada. Desta forma, a menina busca respostas na satisfação da mãe para que ela também consiga estar satisfeita. A menina pensa que do contrário, não haveria chances de encontrar alguém que lhe desse o que falta, alguém que a diga o que ela é.
Neste ponto está a importância do pai, que estrutura e funciona como lei, como superego, para que a menina forme sua estrutura. Assim, o futuro do desenvolvimento da menina também depende dele e de como ele agirá nesse processo.
Além do complexo de Édipo, ocorrem ainda na infância outras questões relacionadas ao desenvolvimento da feminilidade e da sexualidade da menina, tais como o conhecimento de seu próprio corpo. Falarei disso no próximo texto.

(Continua…)

Para ler mais sobre o assunto:

A relação mãe e filha

Édipo – O complexo do qual nenhuma criança escapa – J. Nasio

Pós Graduação na USP em Psicanálise

Pessoal, este curso é muito bom, recomendo muito fervorosamente.

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA “TEORIA, TÉCNICA E ESTRATÉGIAS ESPECIAIS EM PSICANÁLISE

Departamento de Psicologia Clínica – IPUSP

COORDENAÇÃO:

PROF. DR. AVELINO LUIZ RODRIGUES
COORDENADORA CLÍNICA e PEDAGÓGICA

PROFª DRª MARIA LÚCIA DE ARAÚJO ANDRADE

O Departamento de Psicologia Clínica da Universidade de São Paulo oferece o curso “Teoria, Técnica e Estratégias Especiais em Psicanálise”, para psicólogos, médicos e terapeutas ocupacionais em busca de uma sólida evolução profissional. Ministrado por um corpo docente altamente qualificado, segue a abordagem freudiana-lacaniana, o que o posiciona na vanguarda da psicanálise atual, e proporciona um consistente e significativo diferencial em seu currículo.

Este Curso, agora pertencente à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, já existe desde 1998, quando foi criado pela  Profª Drª Maria Lúcia de Araújo Andrade,  junto com um grupo de professores do Instituto de Psicologia, além de outros convidados notáveis em suas especializações, não pertencentes aos quadros da Universidade. Ela é  docente, pesquisadora e supervisora do Departamento de Psicologia Clínica; orientadora no programa de pós-graduação em stricto-sensu e psicanalista lacaniana. `A mesma época a  professora criou o Laboratório Sujeito e Corpo, SuCor, onde coordena atualmente o Grupo “Sujeito, Corpo, Sintoma e Instituição” voltado ao ensino, à pesquisa e aos atendimentos clínicos oferecidos à coletividade.

O Curso oferece disciplinas de fundamentação teórica além de enfatizar a prática clínica, através dos atendimentos supervisionados realizados pelos alunos, grupos de discussão clínica e seminários.

O curso oferece ainda, aos seus alunos, o benefício de partilhar das atividades e dos resultados obtidos através das pesquisas e publicações do Laboratório Sujeito e Corpo.

Para você que procura ampliar seus horizontes profissionais, nada melhor do que acrescentar a seu currículo o título de Especialista, fornecido por uma das mais respeitadas instituições do país: a Universidade de São Paulo. Peça agora mesmo maior informações, e faça sua inscrição no curso “Teoria, Técnica e Estratégias Especiais em Psicanálise”, do Instituto de Psicologia da USP.

Programa*

Primeiro Semestre

  • Introdução à teoria psicanalítica em Freud. Principais conceitos.
    • A dinâmica das pulsões: representações clínicas.
    • A transferência: seu manejo e peculiaridades.
    • Introdução a Lacan.
    • Introdução à prática clínica. Triagem e acolhimento. Entrevistas preliminares. O pedido e a demanda. O momento da entrada em análise.
    • As estruturas clínicas.
    • A complexidade Psico-Socio Cultural brasileira. A psicanálise neste contexto.
    • O trabalho institucional.

Segundo Semestre

  • Diagnósticos. Releituras feitas pela psicanálise.
    • O lugar do corpo na psicanálise. O desejo, o gozo e a lei.
    • Os distúrbios psicomotores dentro do campo da psicanálise.
    • A deficiência mental e a pseudodeficiência. Novas propostas de tratamento.
    • O autismo. Particularidades do diagnóstico e tratamento.
    • A psicose e  a neurose. Manejos na situação analítica.

Terceiro Semestre

  • Topologia: os lugares em psicanálise.
    • A genética e o lugar do psicanalista nas síndromes genéticas.
    • As intervenções psicanalíticas possíveis em bebês.
    • As relações entre psicanálise e a psiquiatria. O uso de medicamentos.
    • As instituições psiquiátricas.
    • Os distúrbios de aprendizagem vistos pela psicanálise.
    • A contribuição de Piaget – modalidades do real: os possíveis e o necessário.

Quarto Semestre

  • Questões técnicas – os quatro discursos em psicanálise.
  • Questões técnicas – a associação livre. A palavra justa. O ato psicanalítico.
  • Questões específicas no desenrolar de uma psicanálise – de crianças, de adultos e de adolescentes.
  • Questões forenses e a psicanálise.
  • A questão dos pais na psicanálise infantil.
  • O término de uma análise.
  • Desafios do trabalho psicanalítico dentro do contexto psicossocio-cultural brasileiro.

*Programa passível de revisão a juízo da coordenação quando for necessário,

Para que o aluno possa obter o certificado ele deverá ter 85% de freqüência, nota mínima de 7,0 e ter apresentado e defendido oralmente uma Monografia com nota mínima de 7,0.

Constituição do Curso:

O Número de vagas é  Limitado

Total de horas/aula: 790

Aulas formais em sala de aula: 230hs

Monografia: 51hs

Seminários: 59hs

Aulas Práticas ou de campo: 450hs

Atendimento clínico 200 h

Supervisão: 150 h

Discussão de Casos Clínicos: 50 h

Dia e Horário das aulas:

As aulas se realizarão às terças-feiras, das: 08:30 às 16:30hs

Duração: 02 anos (4 semestres)

Inscrições:

Inscrições abertas a partir de 17 de JUNHO  de 2010 à 22 de JULHO de 2010
Local das inscrições e informações:

Departamento de Psicologia Clínica do IPUSP – Av. Prof. Mello Moraes, 1721 – Bloco F – Sala 16 – Cidade Universitária – São Paulo SP.

Telefone: 3091-1948 –  E-mail: labsucor@usp.br

Entrar em contato com Letícia, secretária do Laboratório Sujeito e Corpo.

Inicio das aulas:

24 de Agosto de 2010

Local: Departamento de Psicologia Clínica – Bloco F

Documentos necessários:

02 vias do curriculum; 02 cópias do RG (frente e verso), CPF, C.R.P, CRM ou do Conselho Regional do candidato; 02 fotografias; 01 carta explicando o motivo do interesse pelo curso.

Taxa de inscrição: R$ 40,00

Taxa de seleção: De R$ 300,00 com desconto de 25% perfaz o valor de R$ 225,00.


* CERTIFICADO EMITIDO PELA PRO-REITORIA DE CULTURA EXTENSÃO – USP*

Os alunos deverão se inscrever e serão chamados após uma primeira seleção feita através da analise dos documentos solicitados.

Aqueles que forem  selecionados, nessa primeira fase, serão convocados para uma entrevista  com um dos professores do Curso.

2 Matriculas (1 por ano):

1º Matrícula com desconto de 25%, perfazendo o valor de R$ 450,00, a mesma equivale a 1 parcela.

2º Matrícula com o valor de R$ 600,00, a mesma equivale à 1 parcela.

24 Parcelas (2 delas são matriculas):

As Parcelas do 1º Semestre de R$ 585,00, possuem o desconto de 25%, perfazendo um valor de R$ 438,75 por parcela.

No 2º semestre ao 4º Semestre as parcelas retornarão ao seu valor de R$ 585,00.

Eventos – Psicanálise

1) A Escola Brasileira de Psicanálise mensalmente promove eventos de discussão, seminários e debates sobre temas psicanalíticos, e sempre gratuitos e abertos ao público. Repasso as próximas datas.

Titulo do seminário: Aspectos do delírio em Freud e Lacan

Responsáveis: Blanca Musachi e Cássia Rumenos Guardado

Data: Quinta feira 17 de junho de 2010

Freqüência: quinzenal

Horário: 21:00 às 22:30

Local: Sede EBP-SP, João Mouro 647, cj 193, 19 andar

Titulo do senimário: Leituras do seminário 18 de Lacan.

Responsável: Cássia Gindro

Data: Quarta feira 02 de junho de 2010

Freqüência: quinzenal

Horário: 20:30 às 22:00

Local: Al Raul Roldão da Costa 143 – Vl Betânia – São José dos Campos

Titulo do seminário: “A direção do tratamento e os princípios do seu poder”

Responsável: Eduardo Benedicto
Data: Quinta feira 10 de junho de 2010

Horário: 15:00 hs às 16:30 hs

Frequência: quinzenal

Local: sede do COPI – Campus USP / Ribeirão Preto (Rua: Clóvis Vieira, casa 32) telefones, (16) 3602-3494 / 3623-6302.

Titulo do seminário: Psicanálise e Filosofia: Psicanálise Século XXI – Paixão e Destino.

Responsável: Mª Bernadette Soares de Sant’ana Pitteri

Data: Sexta feira 11 de junho de 2010

Horário: 16:00 às 17:30.

Frequência: semanal
Local: Rua Cardoso de Almeida, 60  conj. 44 – Perdizes / Cep 05013-000 – Tel. 3861-0013 falar com Goreth.

Titulo do seminário: “Comer o nada” A prática lacaniana e os transtornos alimentares

Responsável: Paola Salinas
Data: Quinta-feira 17 e  24 junho de 2010
Local: Rua Adolfo Serra. 364 Ribeirão Preto – SP

Freqüência: quinzenal
Horário: das 19:30hs

Informações: (16) 3635-6906

Titulo do seminário: Angústia: relendo Freud e Lacan

Responsável: Márcia Szajnbok

Data: Sextas-feiras 11 de junho de 2010
Local: Sede da EBP-SP, R. João Moura 647 Ap. 193 19º andar

Freqüência: Quinzenal
Horário: 11:00 às 12:30hs

Informações: (11) 3081-8947

2) Fórum do Campo Lacaniano/SP promove o Encontro com o Autor, com o convidado Mauro Mendes Nogueira. Também é gratuito, mas é necessário inscrição antecipada.

Data: 18/06/2010 as 20:00

Inscrições: (11) 3063-3703

Concurso Público

(Se você é deficiente visual, ou simplesmente não gosta de ler, o audio esta no final deste texto)

Quando assistimos filmes “antigos”, que se situam aproximadamente entre 1970/1980, as famílias em geral são retratadas da mesma forma: classe média, o pai funcionário de uma grande empresa que com seu salário garantido sustenta a família. Essa família, em geral, é composta pela esposa (que por sua vez trabalha em casa ou na rua – por opção) e pelos filhos (dois ou três). Uma família feliz, pois consegue ter uma vida boa, fazer viagens de férias, ter seu carro, seus eletrodomésticos e sua casa própria. Nos encontros com os vizinhos, cada um fala muito bem de sua empresa e de seu trabalho, e de como a estabilidade é o melhor bem que o emprego pode dar.

Mas o tempo foi passando e o capitalismo foi entrando em crise. Com ele, as empresas também mudaram sua forma de tratar os empregados, que cada vez tem que trabalhar mais, com menos benefícios, e sem garantia de que terão o emprego no dia seguinte. Com essa mudança de mercado, o desejo das pessoas também foi mudando. Elas começaram a almejar cargos e posições públicas pois estes oferecem  garantia vitalícia de emprego, apesar dos salários não serem tão competitivos como o mercado. Além dessa garantia (que por si só já atrai 90% dos “concursandos”), todos nós sabemos do velho e famoso ditado: quem é funcionário público ganha pra trabalhar pouco. Sem o medo de ser mandado embora não há uma exigência em produção e qualidade de serviço executado. Quem aqui já não precisou de um serviço público? Nessas horas sabemos bem como as coisas funcionam (com raras exceções – que vou discutir mais tarde).

Com esse novo objetivo traçado, centenas de brasileiros começaram a dar uma atenção maior aos chamados concursos públicos. E com isso houve também um crescimento na oferta dos cursinhos, essas escolas que fazem um preparatório para provas de concursos. E a partir daí, acho que podemos dividir essa galera em dois grupos:

1) Qualquer coisa tá valendo: nesse grupo, temos aquelas pessoas que querem ser funcionárias públicas. O cargo? Isso não importa. O primeiro concurso que sair, essa pessoa vai prestar, e vai prestar todos os outros, na sequência, até passar. Um graduado em direito, por exemplo, vai prestar para vagas de delegado, promotor, procurador, juiz, fiscal… Enfim, vai prestar em todas as áreas que sua formação permite. O importante é mamar nas tetas do governo, ter seu emprego garantido, trabalhar o mínimo necessário e ficar tranquilo para o resto da vida. Acontece, muito raramente, de um funcionário público desse grupo realmente se interessar por sua profissão (pura sorte) e aí realmente trabalha pra valer, fazendo valer o salário que o povo paga pra ele.

2) É isso que eu quero: nesse grupo, as pessoas não querem qualquer profissão. Elas já sabem o cargo que querem exercer, e portanto vão estudar e focar naquele objetivo. No fundo, o que elas querem é exercer a profissão, seja onde for. Mas como o mercado não anda bom pra ninguém, os concursos são uma oportunidade de ela exercer sim a profissão que quer, fazendo o que gosta, e ao mesmo tempo tendo o seu salário garantido. Essas pessoas entram com uma sede de trabalho muito grande quando passam no concurso. Mas algumas acabam entrando no esquema folgado, porque percebem que querer trabalhar quando ninguém quer é muito difícil e dá muita dor de cabeça. Algumas poucas continuam brigando pra trabalhar (isso parece ridículo, mas é a mais pura verdade) e trabalham mesmo, pesado.

Acontece que quando uma pessoa decide prestar o concurso público, ela pensa que o mais difícil é a parte do estudo, ou seja, passar na prova. Muitas pessoas passam anos e anos de suas vidas estudando, e por vezes são engabeladas por editais de concursos que só querem mesmo enganar os coitados. Digo isso porque muitas pessoas deixam suas vidas em pausa pra estudar, pagando esses concursos, ou mesmo gastando seu dinheiro com livros, etc. Tudo em prol da tão sonhada vaga. Essas pessoas já enfretam um problema: muitos editais de concursos são feitos só pela burocracia: algumas pessoas já trabalham nos cargos do edital, mas como contratadas, ou substitutas, e os editais pretendem oficializar essas pessoas nos cargos. Mas como são obrigados a dar oportunidades para todos, lançam editais “engana-trouxa”. É horrível esse nome, mas não poderia ser dado outro. Esses editais já são preparados para encaixar exatamente os perfis daqueles para as quais as vagas se destinam, ou seja, os que já trabalham na área (ou os apadrinhados, por ‘n’ motivos). Como um número grande de pessoas consegue preencher os requisitos, o segundo passo é preparar uma prova em que os apadrinhados vão melhor do que o povão. E o terceiro passo, em geral numa fase subjetiva, os critérios não ficam claros, e mais uma vez os apadrinhados terão grandes chances. Esses são os editais em que eles conseguem arrecadar bastante dinheiro (das inscrições) e no final não se vê muita supresa, quando os aprovados são em 80% as pessoas apadrinhadas.

Há ainda aqueles casos em que os apadrinhados não conseguem passar. Aí temos um segundo problema que é a convocação. Então você está feliz da vida porque passou, mas percebe que nunca é convocado. Até desiste, já que a validade desses concursos é cada vez menor. O que você não sabe é que muitas vezes, mesmo com candidatos aprovados, eles continuam contratando (por fora) ao invés de convocar os aprovados. Se você bobeia e deixa de acompanhar o diário oficial (em muitos concursos, o aprovado só tem como acompanhar as convocações e contratações pelo diário oficial), você tem grandes chances de ter sido passado pra trás mais uma vez.

Eu poderia ficar aqui contando todas as situações em que os concursos são mero teatro, mas vou falar do outro lado da história. Muitas pessoas acabam ficando espertas com esse movimento todo, e ficam de olho, atentas. Não desistem, e quando percebem alguma coisa desse tipo, brigam, lutam. Entram com recursos, pedem anulação do edital para o MP… Enfim, há muita coisa que pode ser feita quando se tem indícios de fraude nos concursos. Uma pena que a grande maioria, mesmo sabendo disso, não tem a força para entrar em um processo, e acaba deixando pra lá. Mas quem tem força consegue muitas vezes anular concursos e ter uma nova oportunidade verdadeira. Não posso deixar de falar também nas universidades e estados que fazem sim concursos íntegros, dos quais muitas pessoas se beneficiam. Mas, na dúvida, é bom ficar alerta.

De qualquer forma decidi falar de tudo isso hoje porque percebo a inocência do chamado “povão” quando sonha com o cargo público. Mas a verdade é que poucos se beneficiam e conseguem essas vagas. O grande resto enche os cofres dos cursinhos, da conta do concurso público, e é só número pra fazer volume. Essas pessoas, em geral, nem sabem porque querem prestar o concurso público, porque em geral estão naquele primeiro grupo que eu descrevi acima. E quando falo em inocência, quero dizer das mil maneiras que o governo e a sociedade têm de enganar o povão. Damos os sonhos, dizemos que eles podem sonhar com ‘a’ e ‘b’, e no fundo sabemos que as chances desses sonhos se concretizar são mínimas. E temos que pensar nisso também, que sonho é esse que nossa sociedade produziu, no qual o grande objetivo é mamar nas tetas do governo. Estamos vivendo um momento político muito assistencialista: não produzimos melhores condições, pelo contrário, damos algo para o povo ficar satisfeito e calado. E os sonhos e objetivos das pessoas têm refletido isso, como esse sonho de concursos públicos. Isso é muito perigoso, porque cada vez mais deixamos as pessoas acreditarem que o melhor pra elas é mamar nas tetas de alguém, e não exigir condições para ser independente.

O quanto antes pudermos denunciar essa prática (em todos os setores), mais damos chance para que as pessoas possam pensar criticamene e de fato escolher seus sonhos e objetivos para além daquilo que a sociedade mostra que devemos e podemos desejar. Mas, se o seu sonho for esse mesmo, então tenha peito pra brigar pelo que é certo, porque será um longo caminho a ser trilhado, caminho esse que não termina com sua aprovação.

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Podcast Episódio 05 – Educação a Distância

Neste Podcast, eu (Aline Accioly) e a Prof. Dilma Mello conversarmos sobre Educação a distância. Discutimos sobre as concepções e preconceitos que existem sobre o assunto.

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