Autor: Aline Sieiro (Page 20 of 30)

Educação e Tecnologia de novo!

Ver televisão aberta, no Brasil, mostra o quanto a população em geral está distante de discutir questões de extrema importância social. Hoje, no Jornal Nacional, do Globo (que supostamente teria mais verba, portanto um melhor conteúdo) passou o segundo programa sobre Tecnologia e Educação no Brasil, e os outros passarão durante o restante da semana. Algumas frases me marcaram e vou explicar por que:

1. Bibliotecas inteiras, cheias de enciclopédias estão abandonadas, porque ficou mais fácil usar o computador. É o que os alunos mais gostam (Ctrl+c Ctrl+V).

1. A internet (e o Ctrl+C Ctrl+V) torna a população mais medíocre.

2. O governo está dando computadores aos alunos. Cabe a escola ensinar aos alunos como usá-lo. Cabe a escola fazer sua mágica.

Em primeiro lugar, me espanta a Rede Globo dedicar uma reportagem de forma tão negativa em relação à Tecnologia. Afinal, nada é absoluto. A internet, como tudo na vida, por ser bom e também ruim. Então porque uma reportagem pra dizer das coisas negativas na internet? Em um momento em que a Educação está tão ultrapassada, o uso da tecnologia vem para ajudar a Escola a correr do atraso que sofre ha anos. Correr atrás dos alunos que cada vez menos querem ir à escola. Correr atrás dos alunos que cada vez mais interrogam os conteúdos passados a eles na escola e querem entender porque precisam aprender o que aprendem, e se não entendem, abandonam a escola. Então, repito, por que receber a Tecnologia de forma tão negativa?

Tudo que é novo assusta. Tudo que é diferente assusta. Tudo que pede um movimento de mudança assusta. O ser humano é assim. Mas até ai pregar negativamente sobre isso em horário nobre já são outros quinhentos. Meu palpite? A Rede Globo e Lula nunca se bateram, isso não é novidade. Então quando finalmente ele começa a liberar os computadores para cada aluno, é preciso achar alguma coisa de negativo nisso, não é mesmo?

Mas, voltando a reportagem em si, eles fazem questão de mostrar uma biblioteca velha, cheia de pó, com enciclopédias mais velhas ainda, e ainda enfatizam que isso é um desperdício. Como se preferir a internet fosse ruim!!! Pelo contrário! Em um post aqui mesmo no meu blog, defendi como a internet pode ser usada de forma a ajudar as pesquisas (não vou nem repetir a parte todo do beneficio aos alunos deficientes). Antes tínhamos sim que ficar nas bibliotecas, espirrando e demorando décadas pra achar uma informação em uma enciclopédia, informação essa que tinha 100% de chance de estar defasada!!! Hoje existem bibliotecas on line, ou seja, todo conteúdo de uma biblioteca está na internet, o aluno não precisa sair de casa para pesquisar, e ainda consegue estudar uma informação atualizada, consegue ainda entender o caminho da informação. Isso não é fantástico?? O aluno pode até mesmo entrar em contato com o autor da informação e fazer sua pesquisa muito mais rica. O que há de ruim nisso?

Ai vem a desculpa que todo mundo usa: Ah, mas ai eles acabam é só copiando, afinal, tá tudo ali fácil na internet. Depois de gargalhar aqui em casa, rebato lembrando que os alunos SEMPRE copiaram. Os alunos copiões hoje copiam da internet, é verdade, mas antes copiavam do amigo, copiavam dos próprios livros. Copiar não é de hoje e não veio com a internet. Então o buraco é mais embaixo. Ha muito tempo se copia, e ai temos que entender por que e não colocar a culpa na internet como se isso fosse um evento que começou a ocorrer junto com ela.

Repito do meu post anterior: os alunos copiam porque não sabem fazer pesquisa. Os alunos copiam porque os professores não sabem fazer pesquisa e não ensinam aos seus alunos. Então, é culpa da internet que a população está mais medíocre? Ah, tenha dó. A internet é exatamente o meio de chegar na população e fazê-la ser menos medíocre. Porque hoje tem lan house em cada esquina, onde se paga um real pra ficar uma hora. Tá mais barato ficar uma hora na internet do que comprar livro, ir ao cinema e escutar música.

Ai pra terminar e fechar com chave de ouro, vem o fulano de tal do governo, e diz que o uso da internet depende da escola. Será bom ou ruim dependendo da escola. Isso é totalmente verdade. Mas ai ele vem dizer que isso é mágica? Que mágica? Isso é treinamento. E agora vou defender os professores. Como que se exige que um professor receba bem a tecnologia e ainda ensine pro seu aluno se ele mesmo não sabe nada ou quase nada daquilo???É mais provável que o aluno ensine o professor, do que o inverso. Então como o professor pode ensinar as coisas boas do uso da internet se nem ele mesmo sabe? Como ele pode ensinar os sites de pesquisa, como pesquisar, se ele nunca viu, se nem ele sabe que isso existe? Isso não é mágica. O professor tem que ser treinado, tem que ter um computador na sua casa também, para aprender como usar a ferramenta e a internet. Só ele se sentindo bem e confortável para ensinar alguma coisa para o aluno.

Agora, junta tudo isso que eu falei, por que isso não foi o tema de reportagem? Porque o tema tem que ser sempre contra a tecnologia? Tudo na vida pode alienar ou agregar. Basta saber como. E isso não é mágica. Só faltam começar a dizer que a internet é coisa do demônio…

Podcast

Desde semana passada acordei pensando em fazer um podcast de Psicologia. Explico. Sempre critiquei a forma como a Psicanálise deixa de lado a internet e a tecnologia de forma geral. Entendo as dificuldades de fazer tal inclusão, mas como já disse em post anteriores, enquanto não aprendemos a usar nosso lugar, outros usam para outras coisas nem sempre boas. Cito o caso que postei do menino que estava em análise, mas usou a internet para se suicidar.

Pensando nisso, estou há meses tentanto achar uma forma de entrar na internet. Escrever um blog sobre isso é interessante, mas já existem muitos bons blogs sobre o assunto, e nos dias de hoje as pessoas não tem tanto tempo assim pra parar todas as semanas e ler um blog. Meu marido sempre fala muito de podcast, ele mesmo tem uma vida agitada, nunca consegue parar pra ler um livro, ou mesmo ler os textos interessantes que estão nos feeds dele. Mas ele escuta sempre podcast, toda semana, porque pode escutar enquanto vai e volta do trabalho, até mesmo quando vai no banheiro ou faz outras atividades. Por isso comecei a pensar que fazer um podcast pode ser uma coisa interessante para entrar com a Psicanálise na internet.

A idéia é fazer uma coisa aberta, não só pra quem é psicanalista, mas com um foco maior para estudantes de psicologia, ou mesmo pessoas que não sabem o que é psicologia e psicanalise e tem interesse de saber.

Procurando no google para ver se já havia alguma coisa nesse sentido, não achei nada (pode??), só achei esse post falando sobre um assunto, de alguém que também está pensando em fazer algo do gênero. http://kanzlermelo.com/2008/05/25/voce-conhece-um-podcast-brasileiro-sobre-psicologia/#comment-125

Bom, vou amadurecer esta idéia, mas se alguém tiver uma sugestão, será bem vinda.

Papo de Loira

Ser loira não é fácil, nunca foi e continua não sendo.

Sou loira ha sete anos agora, da segunda vez, da primeira fiquei uns três anos loira. Meu cabelo natural e castanho claro, mas já tive o cabelo preto azul, castanho escuro, vermelho escuro, vermelho intenso e todos os tons de loiro.

A base do meu cabelo é amarelo alaranjado, então já viu a dificuldade…. Quando jogo a tinta descolorante, o que acontece? Meu cabelo sempre fica loiro alaranjado, e no máximo da descoloração, loiro amarelão. Pra deixar o cabelo loiro platina, loiro acinzentado ou loiro mais branco, só mesmo descolorindo nas luzes. Sim, porque descolorir o cabelo todo ninguém merece, quero ser loira mas com cabelo bom, não com cabelo duro…

Já passei nesses anos por muuitos cabelereiros, e nenhum deles me arranjou uma boa solução. Tipos de tinta então, nem se fale. Já usei Loreal, linha espeical blonde, acinzentado, comecei com ela na verdade. Depois já tentei da Italian Color, não gostei, Majirel então, ficou horrivel nem descoloriu no máximo. A minha última experiencia dessa semana foi com Igora, 12.19. Sempre tinjo com cores acima de 10, porque menos que isso não fica nem loiro. Essa da Igora, gostei da tinta, deixa o cabelo brilhoso e macio, não quebra, mas não descoloriu como eu esperava… Ai estava olhando no site oficial, que existe o 12.111 que é o máximo de cinza. Alguém já usou e sabe onde comprar?

Dividam comigo suas experiencias com o loiro.

Toda mulher, por mais inteligente que seja, tem que ter o seu lado “mulherzinha” 🙂

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Essas fotos são de quando pintei a raiz, fiz luzes e progressiva. A progressiva clareia um tom, mas as luzes, fica perfeito. O duro é fazer a raiz acompanhar tudo isso nos outros meses, só com tinta…

Pesquisa em Psicologia

A pesquisa em Psicologia tem hoje diversas áreas, e nessas áreas diversas abordagens muito diferentes. Falando em áreas, temos a hospitalar/psiquiátrica ou não, clínica, social, escolar e do desenvolvimento humano, de recursos humanos, do esporte, jurídica, da sexualidade e muitas outras que cada dia surgem mais. As mais populares nas universidades costumam ser social, escolar/desenvolvimento humano e clínica. Nas universidades em hospitais ficam as pesquisas na área hospitalar.

Além desse ramo gigantesco de áreas, ainda temos outra divisão, dentro de cada uma delas, quando a abordagem. As três grandes áreas são Cognitivo-Comportamental, Fenomenológica e a Psicanálise. Ainda, dentro de cada uma delas existe outro leque gigante de subdivisões. No caso da Psicanálise, as pesquisas acadêmicas não têm muito tempo, até por certa dificuldade em se fazer pesquisa sobre a clínica. Mas já algum tempo as pesquisas em psicanálise são feitas não só na clínica, como também nas outras áreas, como social, escolar e hospitalar. Na área hospitalar a dificuldade é maior, pois existe uma prevalência da linha Cognitivo-Comportamental, que combina mais com a forma de pesquisar dos médicos.

Em Psicanálise, as duas grandes subdivisões sãos as abordagens de origem Inglesa e Francesa. Quem faz psicanálise inglesa está acostumado com autores como Melanie Klein e Winnicot. Já na Psicanálise Francesa estuda-se Jacques Lacan e os muitos outros que seguiram suas idéias. Freud é comum a todas as linhas psicanalíticas, mas cada um destes autores abriu novos modos de trabalhar a partir daquilo que Freud deixou. Além dessas duas grandes linhas, temos também os Jungianos, que muitos não consideram e nem chamam de psicanálise pela forma como este abriu portas a idéias que misturavam um pouco de religião e coisas místicas. Mas a contribuição dele no começo do estudo da psicanálise é sempre reconhecida.

As pesquisas em Psicanálise Clínica são hoje as mais disputadas nas universidades de SP, mas antes eram as menos requisitadas. Essa mudança ocorreu porque, no começo, a área clinica estava mais preocupada em atender do que em produzir textos, artigos, e com isso as pesquisas ficaram defasadas em relação as outras áreas, social e escolar. Mas há cerca de dez anos a área vem mudando, e produzindo muitos doutores, mestres, e assim artigos e teses, e por isso hoje é muito disputada nas universidades. Porém, para que se faça pesquisa em clinica, é necessário experiência na clinica, como analista. A exigência do tempo varia de universidade para universidade, mas gira em torno de dois anos. Nessa área também se exige muito um conhecimento do autor a ser usado como base para pesquisa, e por isso a seleção para este área costuma ser considerada mais difícil.

Na área de social, a psicanálise costuma desenvolver os trabalhos junto com a filosofia. As pesquisas costumam fazer um diálogo entre um autor psicanalítico e um filósofo, independente do tema. Alias, a presença da filosofia no estudo e na pesquisa em psicanálise está sempre muito presente. Na área social, a idéia de pesquisa é um pouco diferente da clínica, que pensa no singular, pois aqui a idéia é pensar, na sociedade, nos grupos, nos sujeitos como um todo. Exatamente por caminhar junto com a filosofia, também se vê aqui estudos com a metapsicologia, sobre a história da psicanálise, e sobre os movimentos contemporâneos da sociedade, como capitalismo, globalização, entre outros.

Na área escolar e do desenvolvimento humano, os trabalhos tem temas mais amplos, já que a realidade escolar também é muito ampla. Podem ser feitos trabalhos e discussões sobre a escola, sobre os professores, sobre a construção do saber, enfim, muitos são os temas possíveis. O mesmo vale para a área de desenvolvimento humano, que tem projetos da infância, de todas as fases da vida, e com as abordagens de autores desenvolvimentistas, mas também psicanalíticos.

É importante destacar que, na área hospitalar e/ou na linha Cognitivo-Comportamental, é grande ainda o número de pesquisas quantitativas, mas existe uma luta das outras áreas para que isso mude, principalmente da psicanálise clinica, para que as pesquisas sejam qualitativas. Isso porque se defende a idéia de que, o sujeito, sendo único, a e pesquisa também será única. Esse talvez seja um dos grandes desafios da pesquisa em psicanálise clínica. Na área hospitalar também é grande o estudo da psicossomática. A psicossomática tem diversas abordagens, e ai também está presente a psicanálise, mas com outro olhar, diferente do olhar da medicina.

Diante de tanta diversidade, acredito que, antes de escolher um tema de pesquisa e área, é preciso que o aluno escolha a abordagem e o autor que mais combinem com suas características pessoais de estudo.

Estou errada em alguma coisa? Vamos discutir!

Psicanálise e História

O que a psicanálise faz é com que a gente revisite ( tá certo?) nossa própria história. Já fazemos isso o tempo todo, durante a vida, contando e recontando, ou ouvindo as histórias que vivemos. O que a psicanálise faz é tentar encontrar um sentido para as histórias, deixar de lado a busca pela verdade do fato, mas sim da verdade de cada um em suas histórias. Não existe a verdade, e sim o que cada um viveu como verdade. Dessa forma, em Psicanálise, a verdade pode ter muitos lados, então pouco importa. O que importa é como o sujeito revive e ressignifica sua história enquanto reconta para si mesmo.

Mas porque tanto passado? Porque muitas pessoas sofrem no presente e não conseguem pensar seu futuro por causa de um passado mal resolvido. Então tentamos dar conta do passado, no presente, no que importa no presente para que o futuro não seja miserável, e sim cheio de possibilidades boas para o sujeito, que ele entenda que não precisa sofrer sempre das mesmas coisas ou errar sempre do mesmo jeito. É possivel fazer diferente. Mas ninguém disse que é fácil…

Dia das mães

Já entraram nesse site? Vale muito a pena. A coisa é que todo domingo eles colocam os melhores recebidos, geralmente unidos por um tema. São segredos, que as pessoas mandam em post cards. O dessa semana foi, óbvio, o dia das mães. Esse mexeu comigo. Vai lá, vale a pena.

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Meu Consultório

Depois de muito tempo desejando, finalmente tenho meu próprio consultório. Pra quem não sabe, sou Psicólga e Psicanalista, e estou desde 2005 na luta que todo mundo passa no começo de carreira. Pois então, apresento a vocês agora meu consultório (na verdade só uma parte dele), que fica na Vila Mariana.

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Educação e Tecnologia

Professores, me expliquem porque vocês tem tanto medo da Internet? Me expliquem, porque eu não consigo entender.

Eu tinha um avô, falecido, Byron, e pude acompanhar a evolução dos computadores e como isso afetava as pessoas da idade dele. Parecia uma luta com o diabo. Ele preferia usar a calculadora, máquina de datilografar e milhões, sim, milhoes de papéis, do que aprender a usar o computador. Ele fazia uma verdadeira pregação ao que ele chamava de “falta de necessidade” de usar o computador. Pra que usar, se ainda vivo tão bem com minha calculadora e máquina de datilografar?

As vezes, sinto que as pessoas ainda pensam muito assim. Pra que usar a internet, se ainda tenho Jornal, Revista, Livros, Livraria, etc. E este pensamento é tão pequeno, que simplesmente tendo entender, mas não consigo. Será o medo do novo? Medo de ser devorado pelas novidades tecnólogicas? Medo de não conseguir acompanhar?

Seja como for, não dá mais pra negar o avanço da tecnologia e como isso se infiltra em nossas vidas. Ou você aprende a usar para continuar defendendo o que você acredita, ou você fica de fora e deixa que as pessoas defendam suas idéias, muitas vezes erradíssimas.

Veja bem, vamos começar do começo. Não acho que a internet deve ser colocada em cima de tudo e qualquer coisa. Eu adoro comprar livro e ler jornal, mas esse não é o ponto. Ainda acho que as crianças na escola tem que aprender que o mundo não é so computador e televisão. Mas negar a existência da internet para defender tal teoria é um erro gigantesco. Fui em uma reunião de pais ontem, e, entre outras coisas absurdas que escutei, a professora defendia que, quando pedisse trabalhos para as crianças, pesquisas, elas tinham que levar coisas de Jornais, Revistas e Livros, e não da internet, porque, como elas iam saber que na vida não existia só internet? Fiquei com isso na cabeça, muito incomodada com essa colocação, e explico porque. Hoje, na internet, você acha tudo. Você lê livros, você lê jornal, enfim, tudo você acha na internet. Antes, a criança tinha que ir na banca, comprar jornal, e entre milhoes de folhas de propaganda e classificados, ela tinha que sujar a mão pra achar uma noticia. Ou tinha que ir até uma biblioteca, ficar com sua rinite atacada pra poder pegar uma enciplopedia e achar uma notica. A internet nesse ponto veio pra ajudar. Hoje em cinco minutos do seu computador você pode achar tudo isso em casa. Você acha a mesma reportagem do jornal, na internet, então qual o problema, se é a mesma reportagem? Qual é o ponto? Oras, se facilita, pra que raios se apegar ao fisico, ao papel, ao meterial? Ainda defendo isso pensando nos deficientes, no caso do meu filho, visual. A letra do jornal é pequena, na internet a gente pode aumentar a letra e fica mais fácil pra ele fazer as atividades. Idem os livros, que na internet a gente pode aumentar a letra. Então, qual o grande problema?

Bom, ai ela continuou o argumento defendendo a pesquisa. Pois hoje as crianças não sabem pesquisar ja que entram no google, digitam o assunto e simplesmente mandam imprimir. Oras, sejamos realistas. As crianças não sabem pesquisar e isso não é culpa da internet. A unica diferença é que antes elas tinham o trabalho de copiar de um livro qualquer, mas copiavam do mesmo jeito. As crianças não sabem pesquisar porque não sabem o que é fazer pesquisa, porque a escola não incentiva a pesquisa, e sim a cópia e cola. Ai vem dizer que é por causa da facilidade da internet?

Basicamente este trecho de discussao da reunião mostra como os educadores em geral não sabem e não querem aprender a usar a tecnologia a seu favor!!! A internet tá ai, cheia de ferramentes pra ajudar o educador. Você pode pegar um conteudo, e ai invez de fazer seu aluno decorar, você pode pedir pra ele pesquisar e descobrir tudo que se fala sobre o assunto, com fotos, videos, enfim, o mundo da internet é vasto de recursos para a educação. Mas como essa vinculo não acontece, realmente os alunos acabam usando só da maneira a facilitar ou encurtar seus trabalhos, só pra encher o tempo com bobagens.

Estou aqui falando dos educadores, mas isso vale também para os psicólogos, e muitos outros profisisonais da área da educação e saúde. Falo isso porque me lembro da historia sobre o suicidio, reportagem que eu comentei alguns posts abaixo. Enquanto o pessoal da saude e educação dorme no ponto, deixa o vácuo para outras pessoas usarem a internet pra outros fins, muitos não muito bons. Nossos jovens e crianças passam hoje maior parte do tempo na computador, e o que eles fazem quando estão lá? Se estivessemos usando a internet pra chegar até eles, eles teriam muita coisa educativa e não chata pra fazer. Mas não, enquanto deixamos de enxergar a importancia de usar a internet como ferramenta, outras pessoas tomam o espaço, e conseguem alcançar nossas crianças com coisas e ideias ruins.

Essa reportagem http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080411_suicidiointernet.shtml mostra como tem mais coisa ruim de que boa quando se trata de educação e saúde na internet. E isso é culpa de quem? De nós, que não usamos a internet pra estar mais proximos de nossos filhos e pacientes/alunos.

Toda mudança é dificil, principalmente para quem já pratica sua profissão da mesmo forma a muitos anos. Mas enquanto não nos informamos, enquanto não ocupamos o nosso espaço, este espaço fica aberto para aqueles que não tem o que fazer, e inventam coisas para ocupar o espaço vazio, e o tempo das nossas crianças. Hoje a internet pode ser um pergigo muito maior do que as drogas na rua, que era o grande problema da juventude até pouco tempo. Mas se estivermos presentes também lá, pode ser um caminho muito interessante para alunos e educadores. Afinal, quem disse que educação tem que ser chato?

Nós e a internet II

Coloca abaixo o link de uma reportagem maravilhosa da Revista Época. Nunca vi algo tão bem escrito e profundo.

A reportagem fala sobre jovens que querem se suicidar e conseguem todo tipo de ajuda e assitência na internet, e talvez um empurrãozinho a mais. Fiquei chocada lendo, apesar de já saber da existência de tudo que li. E fiquei mais tocada ainda com a entrevista do Psicanalista Mario Corso, que atendia um dos meninos que se matou, porque esse tipo de coisa pode acontecer com qualquer um de nos.

Essa reportagem nos ensina o quanto a Internet está impregnada em nossas vidas, e o quanto ela pode ser boa, mas também muito ruim. E como o Brasil está atrasado para o efeito que a internet tem em nossa sociedade!!!

Leiam, são quatro páginas de entrevista mas vale muito a pena.

A entrevista: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG81603-6014-508-1,00-SUICIDIOCOM.html

A entrevista do Mario Corso: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG81582-9556,00.html

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