Autor: Aline Sieiro (Page 29 of 30)

O tempo que passa e o tempo que não passa

Na psicanálise, tempo e memória só podem ser considerados no plural .

É muito comum pensar no tempo como tempo seqüencial, como categoria ordenadora que organiza os acontecimentos vividos numa direção com passado, presente e futuro, um tempo irreversível, a flecha do tempo, um tempo que passa. Também estamos acostumados a pensar na memória como um arquivo que guarda um número significativo de lembranças, semelhante a um sótão que aloca uma quantidade de objetos de outros momentos da vida, que lá ficam quietos, guardados, disponíveis para o momento no qual precisamos deles e queremos reencontrá-los. No entanto, a forma na qual a psicanálise pensa o tempo e a memória está muito distante desta maneira de concebê-los. Na psicanálise, tanto o tempo quanto a memória só podem ser considerados no plural. Há temporalidades diferentes funcionando nas instâncias psíquicas e a memória não existe de forma simples: é múltipla, registrada em diferentes variedades de signos.

 

Há um tempo que passa, marcando com a sua passagem a caducidade dos objetos e a finitude da vida. A ele Freud se refere no seu curto e belo texto de 1915, “A transitoriedade”, no qual relata um encontro acontecido dois anos antes, em agosto de 1913, em Dolomitas, na Itália, num passeio pelo campina na companhia de um poeta. Ambos dialogam sobre o efeito subjetivo que a caducidade do belo produz. Enquanto para o poeta a alegria pela beleza da natureza se vê obscurecida pela transitoriedade do belo, para Freud, ao contrário, a duração absoluta não é condição do valor e da significação para a vida subjetiva. O desejo de eternidade se impõe ao poeta, que se revolta contra o luto, sendo a antecipação da dor da perda o que obscurece o gozo. Freud, que está escrevendo este texto sob a influência da Primeira Guerra Mundial, insiste na importância de fazer o luto dos perdidos renunciando a eles, e na necessidade de retirar a libido que se investiu nos objetos para ligá-la em substitutos. São os objetos que passam e, às vezes, agarrar-se a eles nos protege do reconhecimento da própria finitude. Porém, a guerra e a sua destruição exigem o luto e nos confrontam com a transitoriedade da vida, o que permite reconhecer a passagem do tempo.

 

No entanto, no entender de Freud, a nossa atitude perante a morte não implica essa certeza. Se de um lado aceitamos que a morte é inevitável, quando se trata da própria morte tentamos matá-la com o silêncio, desmenti-la, reduzi-la de necessidade à contingência. “No inconsciente, cada um de nós está convicto de sua imortalidade”, afirma Freud, em De guerra e morte. Temas de atualidade. Nada do pulsional solicita a crença da própria morte. Esta só se constrói secundariamente, a partir da morte dos próximos, da dor e da culpa pela mesma. Nem a própria morte nem a passagem do tempo têm registro no inconsciente, afirma Freud.

 

O tempo do inconsciente não é um tempo que passa, é um “outro tempo”, o tempo da “mistura dos tempos”, o tempo do “só depois”, o “tempo da ressignificação”.

 

A forma na qual se constroem as lembranças nos mostra isso, assim o explicita Freud em um texto de 1899: “As lembranças encobridoras”, valendo-se de um exemplo que, embora não revele no texto, é uma lembrança dele mesmo que surge durante umas férias de sua adolescência. Quando Freud tinha 16 anos viajara para Freiberg, sua cidade natal, sendo este o primeiro retorno desde a sua infância. Nesta ocasião, vive uma paixão por Gisela, a primogênita da família que o hospeda. Trata-se de um momento no qual, para Freud, os projetos de futuro estão em jogo: a sobrevivência econômica e o amor. Nesse momento, surge nele uma lembrança infantil: três crianças, entre elas ele mesmo, brincam e colhem flores numa campina verde e coberta de flores amarelas. Formam ramos de flores e os meninos arrancam o que está nas mãos da menina por ser o mais lindo. Ela corre, chorando, até uma camponesa que lhe oferece, para seu consolo, um pedaço de pão. Eles vão também atrás de um pedaço de pão que a camponesa lhes entrega. Nesta lembrança dois detalhes se destacam: a força do amarelo das flores e o sabor do pão, tão acentuados que beiram à alucinação.

 

O retorno à cidade natal mobilizara em Freud as vivências da infância, reativando marcas mnêmicas, marcas sensoriais de detalhes aparentemente insignificantes – porém fundamentais – que são carregadas pelas lembranças e às quais estas devem a sua vivacidade. Marcas da erotização e também dos lutos, da ausência de objetos. Essas marcas se oferecem como pontos de contato com as fantasias posteriores que sobre elas se projetam, criando pontos de condensação. Assim, duas fantasias que tocam temas fundamentais da vida do jovem Freud – a fantasia amorosa com a moça da família que o hospeda e a fantasia sobre sua sobrevivência econômica – projetam-se sobre a lembrança infantil que lhe faz de tela. O amarelo do vestido que a moça vestia no primeiro encontro faz um ponto de condensação com as flores da infância, intensificando o amarelo das flores da lembrança. Da mesma maneira, a fantasia sobre a sua sobrevivência econômica, através da frase “ganhar o pão”, confere uma intensidade maior ao sabor do pão na lembrança. Fantasias, lembranças e pensamentos de épocas posteriores se enlaçam simbolicamente com as da infância, intensificando, deformando ou transformando a lembrança infantil. Estas lembranças são as lembranças encobridoras.

 

Mas não é um tipo especial de lembrança que nos interessa e sim a dinâmica psíquica que nela se põe em jogo e que pode ser estendida à construção das fantasias e ao funcionamento geral da realidade psíquica. Neste funcionamento, a memória não é única nem fixa, ao contrario, as lembranças vão sendo construídas num processo de retranscrição. Freud inaugura uma teoria da memória ao afirmar que o material das marcas mnêmicas reordena-se de tempos em tempos, formando novos nexos. Na constituição da lembrança há, portanto, uma mistura de tempos. Os tempos não mantêm uma cronologia, passado, presente e futuro se misturam, se confundem. A lembrança infantil é como um quadro. O espaço do enquadramento é dado pelo próprio texto da lembrança, no qual se combinam traços. Traços que revelam as marcas de erotização e também os processos de luto vividos que deixaram as marcas do objeto ausente. Ou seja, há um passado que se cria e se recria em novas articulações.

 

Ao assinalar a existência deste outro tempo que é o tempo da ressignificação, Freud distingue o funcionamento do inconsciente do da consciência e rompe com a idéia de uma causalidade linear, de um passado que determina um presente, afastando-se de um determinismo mecanicista. Não procuramos no passado a causa do presente. O que passou se fez realidade psíquica.

 

A historia de um sujeito não é, portanto, uma linha reta, mas é traçada por pontos de condensação nos quais as tramas do vivido se entrecruzam e pulsam, forçando a presença do passado no atual, resistindo a qualquer linearidade cronológica e construindo uma realidade psíquica que não coincide totalmente com a realidade material.

 

O tempo do après-coup é um conceito fundamental no arcabouço teórico freudiano. Há acontecimentos da infância que se inscrevem difusamente, marcas psíquicas que ficam informes, indefinidas, à espera de um acontecimento e que só depois adquirem sentido. Temos então a idéia de um passado que não é fixo, mas que se ressignifica no presente.

 

Nesse “outro tempo” que não respeita a cronologia, nesse tempo do só depois, há movimento – que retranscreve, que articula novos nexos, rearticula as inscrições do vivido – construindo sonhos no dormir, fantasias e pensamentos na vigília. Há movimento das dimensões pulsionais e desejantes que, misturando os tempos, produz novos sentidos. O tempo não passa no sentido do tempo seqüencial, em uma direção irreversível, mas, na mistura dos tempos, as marcas mnêmicas nas mãos do “processo primário” condensam-se, deslocam-se e criam novos sentidos.
Mas há também, no psiquismo, uma outra relação entre passado e presente na qual o après-coup parece não operar mais, a imobilidade impera, assim como “eterno retorno do mesmo”, como mera insistência pulsional, fazendo do passado um destino. “Neurose de destino”, dirá Freud. No funcionamento da compulsão de repetição, o pulsional mais puro, sem possibilidade de representação, se encarna no atual, se apossa dele como sombra vampiresca e, no fora da linguagem, perde-se qualquer possibilidade de fazer o luto, de transformar a perda em ausência. Nessa presença da pulsão pura, a expressão “o tempo não passa” ganha toda a sua força.

 

A diferenciação dos funcionamentos temporais no psiquismo está presente ao longo da obra de Freud, sendo um dos fios importantes da metapsicologia freudiana. As concepções de memória e causalidade psíquica subvertem a psicologia da consciência e são parâmetros básicos que fundamentam a clínica psicanalítica.(Silvia Leonor Alonso)

J.Lo

É impressionante como as músicas da J.Lo sempre tem alguma coisa pra dizer sobre a minha vida, ou sobre um momento que estou passando. Em 2002, Walking on Shunshine. Em 2004, Still, I´m Glad. Tem outras , mas essas foram as que mais me marcaram, nos acontecimentos da minha vida.

“This is me… then”

Vanessa da Mata

Nossa finalmente eu escuto uma música dessa moça que eu gosto. Já faz tempo que escuto falar dela, mas até então nada me chamava atenção a não ser aquele cabelo horrível dela. Mas essa música “Ai ai ai”, é muito boa, gostosíssima de se ouvir.

 

Só pra constar.

Subjetividade

Hoje a subjetividade é feliz. Ela pode e tem como ser expressa de diversas maneiras. Graças a internet, todo mundo tem espaço de sobra para colocar sua subjetividade pra fora. O mundo estaria feliz então.

 

Mas ai vem o narcisismo. Na modernidade, não basta colocar a subjetividade pra fora, ela precisa ser elogiada, vista, elucidada. E por isso nem todo mundo é feliz.

 

Assim, temos bandos de fotologs, blogs, enfim, sites de expressão da subjetividade, mas as pessoas continuam isoladas e tristes nas suas casas, porque isso não basta.

 

Então, qual seria a solução da vida moderna? Acredito que um pouco de retorno as tradições, ou melhor, aos velhos habitos. Não a internet, e sim aos encontros na rua, aos passeios com amigos no shopping, as brincadeiras de crianças na rua, as conversas na praça com os vizinhos, e por ai vai…

Mais uma vez o capitalismo contemporâneo

As pessoas estao estão cada vez mais individualistas.Ontem eu estava andando “em familia”, tinhamos ido na farmacia para dar uma volta, fazer um exercício. Atravessando um farol, lá estava uma moça num Gol velho, bem velho, tentando fazer o carro pegar, e nada do danado dar sinal de vida. Eu demorei pelo menos cinco minutos para conseguir atrevessar, e contando que ela ja estava ali antes de eu chegar, e continuou após eu ter ido embora, contem ai o tempo que ela deve ter afogado o carro de tanto tentar fazer o bichinho pegar. Mas a cena não está completa ainda. Nesse tempo todo, passou todo o tipo de gente perto dela: homens, mulheres, crianças, policiais, enfim, um mundo de gente que podia gentilmente se oferecer para dar um empurrãozinho no carro, mas ninguém nem dava bola pra ela. Eu até me senti mal com isso, por estar com um nenem no colo e não poder ter ajudado. Eu pensei que isso podia estar acontecendo comigo, e não estaria melhor do que ela naquele aperto.

E aconteceu.

Hoje estava eu indo pra faculdade de onibus e metro. Contei o dinheiro: eu tinha exatos oito reais. Isso dava pra pegar o onibus té o metro, o metro, e o onibus até a facu, e ainda tomar um sorvete. E lá fui eu com o Vinicius no canguru. O negócio já começou a dar errado na ida. Eu tava no primeiro onibus e começou a chover. Até ai tudo bem, porque o terminal é coberto, o metro também (pensei). Mas por qual motivo nao sei, o onibus não parava no terminal. Lá vai eu correndo garoa abaixo com um pano na cabeça do Vi. No metro, tudo bem, fui chupando meu sorvete feliz e contente, até porque não tinha almoçado ainda e já era cinco horas da tarde. Mas, parece que eu fiz as contas erradas, porque chegando no metro Bresser, meu ponto final, eu só tinha em mãos R$ 1,70. Sim faltava trinta centavos. E o pior, estava o maios toró. Sim, eu podia ir apé até a facu, meia hora andanda, mas e a chuva? E eu sem guarda chuva com o Vi a tira-colo?

Bom, “mendigar” trinta centavos estava completamente fora de cogitação. A chuva parar também estava completamente fora de cogitação. Então fui andando para ver se no meio do caminho alguem gentilmente cedia seu guarda chuva velho, afinal, eu estava com uma criança nos braços. Hahahha: doce ilusão. Cheguei a ficar uns dex minutos paradas em frente a uma doceria, onde o povo olhava, perguntava, mas nada de oferecer uma ajudinha. Até que, no meio do caminho, o dono de um bar que tocava forró ofereceu ajuda, mas o que ele tinha era simplesmente um saco, tipo uma estopa, fez de um jeito que ficou do tamanho do Vi. É claro que eu aceitei, porque já estava até atrasada pro compromisso (isso porque eu sai de casa com duas horas de antecedencia).

Bom, depois dessa aventura, aprendi que da próxima vez que eu achar “uma mulher que não consegue ligar o carro” (metafóricamente) eu vou ajudar, porque tudo volta pra gente. Tudo.

É o capitalismo contemporaneo.

Machismo – mais uma invenção feminina para a autopunição

A mulher acha que nasceu do pecado, ou que é o pecado, ou que cometeu um pecado muito feio quando era pequena. De um jeito ou de outro, quando cresce, acredita que deve pagar por ter sido uma menina ruim. E é ai que entra o sexo.

O sexo deveria ser algo bom na vida da mulher. Um movimento para produzir prazer, felicidade. Mas, nas mão dessas mulheres (senão de todas) se torna instrumento perverso de autopunição. É nele que as mulheres conseguem se punir sem ter que dar satisfação pros outros.

Assim, as mulheres se deixam violar, penetrar por homens que só sabem despertar nelas seu lado mais podre, frio, gélido. E cada homem mostra o como a mulher pode se distanciar de si mesma. A cada orgasmo fingido, a cada nojo escondido ela se torna estranha para si mesma. E isso causa um estranho prazer. É o prazer de se punir.

Mas essa punição nunca acaba. Não enquanto ela for viva. Então essa busca insana pelo sexo também não acaba. Cada homem ajuda a mulher a se punir de si mesma mais e mais. E quando a mulher chega em casa e mal consegue se olhar no espalho de tão vadia e usada, de tanto nojo de si mesma, e ai que vem o prazer macabro. O prazer da punição. Mais uma noite, mais uma missão cumprida, mais um dia de penalidade cumprida.

E quando a mulher acha um homem que não a faz sentir assim, provavelmente ela o matratará. Porque ela não é digna de alegria, ela precisa sofrer todos os dias. E muitos homens bons passam pela sua vida… podem passar a vida toda, até que um dia parem de passar. Mas podem passar, e por algum motivo, insistir em te fazer feliz. Em mostrar que você não precisa se punir, já se puniu o suficiente.

E ai você pode ser feliz, mas, volta e meia vai procurar um jeito de se punir de novo. Borderline total. Porque isso foi passado pra você pela sua mãe, que por sua vez recebeu isso da mãe dela, e assim por diante…

Da onde surgiu isso? Não sei. Mas se pararmos pra pensar, tudo prega que a mulher deve sofrer. Maria, mãe de Jesus viveu para sofrer (tanto por ter ficado grávida em uma história muito mal contada, tanto por ter que sofrer pelo filho na cruz). Joana darc teve que sofrer por saber demais e por querer ser mais do que a mulher podia ser em sua época. E assim por diante.

Então, a gente nunca deixa de se punir? A mulher nunca terá pago o preço suficiente para sua liberdade de si mesma? Gerações e gerações passam, mudam, mas isso nunca muda. Até quando?

da novela

“Se eu fosse escolher entre amar sem ser amado ou ser amado e não amar
Eu escolheria amar sem ser amado, porque dar amor, só isso já é um estado supremo de felicidade.” – Disse o tony ramos para vera fisher no ultimo capítulo da novela laços de familia. Bonito não?

Entre leituras psicanalíticas

Queria me sentir um pouco normal, por isso liguei.
Quero conversar com você, mas você não precisa responder. Na verdade é melhor só escutar.
Pensei tantas coisas sobre mim esses dias. Mas nenhuma delas e conclusiva.
Diz-se que não se deve tomar decisões sérias na vida durante uma análise. Minha analise estava em pausa, mas preciso urgentemente dela de volta. Porque estou num momento em que tenho vontade de tomar 34964698453435 decisões. Provavelmente se as tomasse, mais tarde me arrependeria de mais da metade delas (senão de quase todas). A ultima vez que me senti assim, acabei tomando decisões que não deveria. Mas só fui me dar conta que não deveria mais tarde. Então agora é melhor ficar quieta. Mas enquanto fico quieta a cabeça não para.

Meus banhos nunca foram tão longos. Porque é tanto pensamento, e a cabeça não para. Não para um minuto, nem quando vou dormir. Sinto que adormeço desmaiada, porque a acabeça não para nem na hora que me deito. Meus sonhos então… um turbilhao de fragmentos. Cada um diz uma coisa que talvez eu não gostaria de saber. Então os esqueço facilmente em apenas alguns minutos após escovar os dentes.

Mas te liguei pra me sentiro normal, e aqui estou falando igual uma louca sem parar. E falando das minhas loucuras. O que tem de normal nisso? Não sei. Mas sinto que só de saber que você está ai ouvindo posso estar mais próxima da normalidade. Obrigada por escutar.

E você, como anda? Alias, não responda. Melhor não saber. Minha cabeça já respondeu a essa pergunta de forma satisfatória. O que minha cabeça não responde ultimamente… o pensamento é tão rápido que assim que formulo uma pergunta já se seguem uma série de respostas, e outras e mais outras.

Tá tudo muito rápido na mi nha cebeça e lento demais na minha vida, lento demais no mundo. As pessoas são muito lerdas. Tudo é muito devagar. O dia passa muito lentamente. Os processos seletivos são lerdas. O transito é lerdo. Tudo é lerdo. E minha cabeça também é exageradamente rápida.

Preciso que você me diga que sou normal e não preciso de remédios. Ou que tomando remédios eu pare de pensar tanta merda. Alias, ainda nem falei um pouco pra você as loucuras que penso né… você deve imaginar, me conhecendo como me conhece. E também acho melhor não falar, porque parece que só o fato de verbalizar já me deixaria mais próximo dessas loucuras. Melhor não.

Estou com medo porque quando estou assim acabo sendo sincera demais. E esse nivel de sinceridade eu sempre me arrependo de ter tido, depois. Junta vontade com sinceridade, só pode dar merda. Uma vontade enorme de falar e falar um monte de coisas, de forma verdaeira demais só pode dar merda. Porque depois não dá pra se retirar o que disse.

Sabe a metafóra do vaso? Assim, um vaso se quebra (de argila). Você pode colar seus pedaços pou então derrete-lo e refaze-lo. A vida, para alguns é a primeira opção. Você comete erros e não tem como se esquecer deles depois. Mas pra mim a vida é a segunda opção, onde você pode fazer um monte escolhas, fazer o que quiser, cacas, ou whatever, e depois só recomeça. Ultimamente tenho tido vontade de fazer isso, pegar o vaso e tacar ele na parde quantas vezes eu achar necessário, e quando ele tiver em pedacinhos, e eu estiver cansando, eu simplesmente derreto ele e o refaço, de outro jeito atée melhor do que antes.

Parece bom tudo isso né? Mas nunca é´assim. Porque depois que eu derreto e faço outro, da uma saudadezinha do outro vaso…. ou então me dá vontade de começar tudo de novo, quebrar tudo de novo e refazer mais uma vez… é, realmente eu devo ser meio louca.

SIm, sim, sou tantâ, porque estou aqui falando com você, veja só, mas nunca nem cheguei a te ligar.

pensando no banheiro: novelas a la carte

/alma gemea

“Rafael: Eu te pedi tanto para me ajudar. Eu disse que precisaria. Mas você parece nao ter dado ouvidos. Eu me enganei, você nãó é quem eu pensava que fosse. Você não é a Luna que voltou.
Serena: Eu não sou e nunca serei a sua Luna. Eu sou a Serena. Essa sou eu, desse jeito, se você não gosta de mim assim então não me ama.
Rafael: É, eu achei que poderia te mudar, que você se transformaria no meu sonho, mas agora olhando pra você vejo que você nunca será minha Luna. Você é você, e se quero ficar com você devo gostar do jeito que você é.”

/america

“Ed: Eu amo você Sol. Posso te ajudar a esquecer o seu peão. Você me ensinou a ser uma pessoa mais latina, mas sensível.
Sol: E você me ensinou a gostar de quem gosta da gente, não perder tempo investindo em relacionamento que não tem futuro.

Ed: Eu lerguei tudo por você aqui nos EUA, meu casamento, e agora você vai embora para o Brasil, não vou suportar, eu te amo, não sei mais viver sem você.
Sol: …”

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