Sempre digo nas minhas palestras que as crianças são muito curiosas, mas têm uma inocência e um olhar muito diferente da sexualidade do adulto. Esse vídeo mostra bem isso.
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O assunto da semana passada foi o twitcam, e os dois adolescentes que protagonizaram cenas de sexo ao vivo, para mais de 24 mil pessoas. Indico a leitura do texto do @doni, que fala muito bem sobre o caso, e como a nossa sociedade influencia esse tipo de comportamento.
“Não fico chocado ou indignado, não fico preocupado com nossas futuras gerações por culpa do que estes dois fizeram. Ainda que eu entenda a indignação, a exploração por parte da mídia e a mobilização de setores pedindo mais controle da internet (para variar), minha preocupação real é com este discurso que chama a todos para esta exposição selvagem que acaba nos privando da própria subjetividade. Precisamos fazer uma escolha: devemos ser sujeitos de nosso lugar no mundo ou avatares, moedas a serem exploradas em seu potencial de troca, de produto? Quando decidirmos isso, as crianças e adolescentes entenderão a mensagem.” Leia mais aqui.
Outra indicação é o vídeo do vloger Denis Lee, sobre o sistema educacional contemporâneo. Muito bom!
Para ler o texto inteiro, clique aqui.
Sobre a Psicanálise e os Conselhos de Fiscalização Profissional
Considerando o surgimento recente de cursos que prometem formar “psicanalistas clínicos”, expedir diplomas de “bacharel em psicanálise” e proceder inscrição dos egressos em “Conselho Regional de Psicanálise”, temos a informar o que se segue:
A Psicanálise é uma teoria a respeito da personalidade humana que incorpora um conjunto de métodos destinado tanto à produção do conhecimento a respeito da personalidade, quanto à intervenção clínica com vista à cura de distúrbios. Enquanto corpo teórico, com seus pressupostos e explicações, tem sido divulgada e utilizada para fundamentar análises em várias áreas da atividade humana, como na interpretação da simbologia de textos literários. Enquanto instrumento de compreensão e intervenção clínica, constitui-se uma opção, dentre outras, para o diagnóstico e a assistência psicoterapêutica.
(…)
A psicanálise, por ser uma abordagem teórica e metodológica que, enquanto instrumento de assistência clínica psicológica, é utilizada em profissões já regulamentadas, não se constitui nem deve se constituir profissão independente.
A aprendizagem dessa abordagem, por parte dos psicólogos, se dá inicialmente no curso de graduação, em disciplinas específicas, e tem sido complementada em cursos de pós graduação oferecidos pelas entidades e grupos que congregam especialistas. Essas entidades e grupos possuem critérios e procedimentos próprios para a formação plena do profissional, que em regra incluem três atividades indissociáveis, os cursos teóricos, a supervisão de casos e a análise pessoal.
Portanto, não existe no mundo jurídico o título de bacharel em psicanálise, a profissão de psicanalista e muito menos a de psicanalista clínico. Qualquer curso, em nível de graduação, que prometa a formação de profissionais com essa denominação, está fazendo propaganda enganosa e, portanto, lesando o consumidor, o que poderá constituir nas infrações previstras nos arts. 7o, VII e 66, 67, da Lei nº 8.137/90 (Código do Consumidor).
(…)
Sendo assim, um curso de psicanálise jamais poderia gerar o direito a diploma de “Bacharel em Psicanálise”, nem tampouco, o título de “Psicanalista Clínico”. E é também ilegal a criação do “Conselho Regional Psicanalítico” ou “Conselho Federal Psicanalítico” por via cartorial.
(…)
De tempos em tempos surge alguém aqui no blog me perguntando sobre a fidedignidade de algumas instituições que oferecem a formação em Psicanálise. Tudo começou quando fiz um texto, em 2008, sobre a SPOB.
Na medida do possível, busco responder fazendo pesquisas sobre a instituição e das pessoas ligadas a ela. Mas é claro que é sempre uma análise restrita, uma vez que nunca é possível saber tudo sobre pessoas e lugares.
Por isso, disponibilizo aqui uma lista das grandes entidades psicanalíticas, que ficou pública em 2004 (quando entramos com um pedido de cancelamento do projeto de lei que tratava da regulamentação da profissão do psicanalista). A lista nunca é completa, mas pode dar uma base e orientação pra quem busca uma instituição e não sabe por onde começar.
(Para ler o manifesto, clique aqui)
Mais mentirinhas aqui.
Antes de começar é importante dizer que existem grandes discussões acerca da nomenclatura que se dá para um conjunto de características da nossa sociedade vigente. Alguns autores acreditam que estamos na era moderna enquanto outros defendem a existência de uma pós-modernidade. Não vou resolver essa questão, apenas apresentarei alguns pontos para discutir um pouco as características que compõem esse momento que chamo de modernidade. (Isso aqui é só um pedacinho de uma pesquisa, ok?)
Para alguns autores como Jair Santos, modernidade se refere às mudanças ocorridas nos últimos dois ou três séculos, representando liberdade e autonomia. O indivíduo passa a ter consciência de si, tornando-se cidadão e sujeito histórico. Rompem-se todas as barreiras econômicas, políticas, sociais e culturais. O fácil acesso à informação aproxima os homens e as civilizações. O homem moderno está em contato com todos os homens do presente e do passado, do contemporâneo ao ancestral.
Já o pós-moderno nasce com a computação, e oferece à sociedade muitas facilidades trazidas pelas tecnologias, porém tem um lado negativo: limita as sociedades de forma abrupta. Isso porque na modernidade se buscava a essência do ser, e agora no pós-moderno as pessoas recebem tudo pronto com o advento da tecnologia, e esquecem de pensar. O pós-moderno chegou com a tecnologia de forma a deixar as pessoas mais presas em suas individualidades. No plano econômico, o modelo é chamado capitalismo flexível, no qual o homem se entrega ao presente e ao prazer, ao consumo e ao individualismo. Jair Santos diz que o ambiente pós-moderno é basicamente isso: entre os indivíduos e o mundo estão os meios tecnológicos de comunicação, que não informam sobre o mundo e sim o refazem à sua maneira.
Gérard Raulet associa modernidade ao marxismo. Para ele, Marx via na modernidade não só a contradição inerente à sociedade, mas também à expressão da irracionalidade da realidade. Na modernidade, portanto, existiria uma relação complexa entre racionalidade e irracionalidade surgida pela realização da razão e da irracionalidade ao mesmo tempo. Ainda falando de Marx, ele relembra que os marxistas contemporâneos não aceitam a existência de uma pós-modernidade porque, para que esse tempo existisse, a modernidade teria que estar morta e isso ainda não aconteceu. Uma organização social nunca desaparece antes de desenvolver todas as forças produtivas que ela é capaz de conter e, sendo assim, seria necessário primeiro esgotar a modernidade, para aí sim falar na possível existência de uma pós-modernidade.
Jair Santos acredita que as relações entre modernidade e pós-modernidade são ambíguas. Ele defende que o individualismo atual nasceu com o modernismo, mas o seu exagero narcisista é um acréscimo pós-moderno. O homem moderno mobilizava massas para amplas lutas políticas; o homem pós-moderno atua apenas no microcosmos do cotidiano. Assim, o pós-modernismo é caracterizado pela tecnologia eletrônica de massa e individual visando a saturação de informações. Na era da informática lida-se mais com o signo do que com as coisas. Portanto, no pós-modernismo a sociedade é ávida pelo consumo personalizado, que tenta a sedução do indivíduo isolado para que usem seus bens de serviço. Por isso, o pós-modernismo encarna estilos de vida nos quais imperam o nada, o vazio, a ausência de valores e de sentido para a vida, e por isso se entrega ao presente, ao prazer, ao consumo e ao individualismo.
Segundo Taschner, a pós-modernidade por vezes aparece como um momento que sucede a modernidade, e em outros momentos aparece como uma era que se contrapõe a ela. Para ele, muitos são os teóricos que apontam a inexistência de um momento pós-moderno, pois entendem que esse momento estaria ainda incluído na modernidade.
Para Jair Santos, o pós-modernismo surge em termos de consumo e informação. Porém, ele admite a existência de debates em relação ao termo correto para nomear a atualidade, e por isso acredita que ainda não é possível dar uma definição correta e certa se o momento em que vivemos é modernidade ou pós-modernidade. Essa discussão é ampliada por Taschner, que relembra que essa temática pós-moderna vem sendo amplamente discutida pelas mais diversas áreas do saber. Esses estudiosos partem do pressuposto que a crise da modernidade consiste na situação de que a ciência moderna não mais proporciona as bases teóricas que possam apreender a possível condição pós-moderna, ou seja, a realidade contemporânea.
Harvey, outro estudioso desse assunto, defende que as mudanças que ocorrem na atualidade são, na verdade, não uma pós-modernidade, e sim um novo ciclo de compreensão do tempo-espaço na organização do capitalismo. Ele complementa, portanto, que a chamada pós-modernidade é caracterizada por transformações que acontecem no cotidiano e que se pauta na sociedade capitalista, numa nova fase que se mostra extremamente flexível. Se essas transformações ocorridas pautam-se na estrutura capitalista, então as relações modernas mudam principalmente em relação ao espaço/tempo.
Tratando mais especificamente do capitalismo, Sennet fala do chamado capitalismo flexível, um sistema que enfatiza a flexibilidade e ataca a rotina. Está sempre exigindo dos indivíduos agilidade e abertura para mudanças em curto prazo; o indivíduo precisa aprender a correr riscos e depender cada vez menos de leis e procedimentos formais. Este autor relembra que antes o tempo era linear, as conquistas eram cumulativas, o tempo era previsível e a sociedade reconhecia o indivíduo por suas conquistas individuais. Porém, com o advento do capitalismo flexível, o curto prazo instaura uma perda de controle, que corrói a confiança, a lealdade e o compromisso mutuo. A flexibilidade exigida corrói os laços em longo prazo, pois ser dependente neste momento não é desejado.
Mas porque discutir modernidade e pós-modernidade? Que importância isso tem na vida e no dia-a-dia das pessoas? O adoecer, eu diria.
(Continua…)
Freud em seu artigo “O mal estar na civilização” convoca os psicanalistas a se ocuparem do mal estar do homem no mundo civilizado e a se interessarem pela subjetividade contemporânea. Isso porque a psicanálise está interessada na causa da insatisfação e da angústia do sujeito com o mundo dos objetos. Essa insatisfação já havia sido notada por Freud desde então, pois sua experiência clínica o levou a pensar a tensão nas relações entre sujeito e sociedade e nas formações sociais construídas como respostas ao conflito, que acabava por acarretar mais sofrimento do que seu enfrentamento. O que muda hoje é a realidade em que esse sujeito vive; estamos face à dialética entre subjetividade e sociedade na linha do tempo das relações sociais. Ao estudar as modalidades do sofrimento psíquico, os sintomas, compreende-se a sociedade da qual os sujeitos fazem parte, ao mesmo tempo em que ao estudar a sociedade e suas formações compreende-se as modalidades de sofrimento psíquico presentes na história de vida dos homens, num determinado tempo histórico.
Segundo Roudinesco, “o sujeito freudiano é um sujeito livre, dotado de razão, mas cuja razão vacila no interior de si mesma. É de sua fala e de seus atos, e não de sua consciência alienada, que pode surgir o horizonte de sua própria cura Assim, a psicanálise é única, pois instaura o primado de um sujeito habitado pela consciência de seu próprio inconsciente, ou ainda pela consciência de seu próprio desapossamento. Em outras palavras, o sujeito freudiano só é possível por pensar na existência de seu inconsciente, no que é próprio de seu inconsciente. Do mesmo modo, só é livre porque concorda em aceitar o desafio dessa liberdade restritiva e porque reconstrói sua significação.”
A melancolia recebeu a atenção de Freud desde a pré-história da psicanálise. No Rascunho A, escrito em 1895, Freud inclui entre suas teses duas indicações sobre a depressão, e a apresenta como uma forma de neurose de angústia. No Rascunho B de 1983 ele retoma essa tese, porém passa a diferenciar a depressão periódica branca da melancolia propriamente dita. Isso porque, para Freud, a depressão teria uma ligação racional com um trauma psíquico, onde este funcionaria como a causa provocadora, ou seja, o fator desencadeante.
E é no Rascunho G (1895) que Freud utiliza as nomenclaturas de Kraepelin para falar sobre a melancolia. Neste rascunho a melancolia refere-se a estados depressivos causados por perda ou desvio de uma excitação sexual psíquica, ou seja, a melancolia seria um luto pela perda da libido. Freud escreve que a melhor descrição seria que a melancolia é uma inibição psíquica com empobrecimento pulsional e dor a respeito dele. Mas Freud continuou seu estudo, e no Rascunho K identifica a melancolia como um sentimento de pequenez do ego.
Até este momento é possível perceber, na literatura freudiana, que ele identifica a existência da melancolia e da depressão (neuroses), e de alguma forma tenta agrupá-las na mesma categoria clínica, já que eram tratadas da mesma forma. Após o Rascunho K, não se encontram mais textos oficiais que se refiram ao termo depressão, porém o estudo com o nome de melancolia prossegue, incluindo nesta nomenclatura também a noção de depressão. Foi então com os estudos de Freud de 1912, que ligavam a doença com as questões voltadas à libido, que as atenções para a depressão foram novamente ressaltadas.
Em seu trabalho Luto e Melancolia, Freud tentou abordar de forma mais específica um dos sofrimentos do sujeito nas suas relações objetais, pois para ele esse sofrimento, (que na época nomeou de melancolia), lhe parecia enigmática, por não ser possível ver sua causa, e também pelo fato de absorver o sujeito internamente de forma tão completa. Segundo Freud, esse sentimento seria de tamanha força, capaz de gerar no sujeito melancólico o empobrecimento do seu ego. Na melancolia, o ego fica vazio de significado e sentido. O ego melancólico fica desvalorizado, e por isso o sujeito acredita que merece ser punido e repreendido, pois não vê valor em si mesmo.
A melancolia aparece como um momento penoso, no qual o sujeito perde o interesse pelo mundo, por toda e qualquer atividade, e até por si mesmo. Esse desinteresse gera uma diminuição da auto-estima do sujeito, e este tenta de toda forma se punir pelo sofrimento que está passando. Ainda segundo Freud (1912), a melancolia seria um estado complexo exatamente porque sua relação com o objeto não é simples, e sim ambivalente. É como se o amor e o ódio estivessem em guerra, e essa luta estaria acontecendo dentro do próprio ego do sujeito. Assim, o ego sucumbiria ao complexo e se enfureceria contra si mesmo, de tal forma que para o sujeito só fosse possível ver uma solução: a autopunição e o esvaziamento de si mesmo.
Depois de Freud, muitos trataram da depressão. Fenichel, por exemplo, diz que os sujeitos melancólicos possuem um superego severo, pois se sentem culpados da agressividade demonstrada para com seu objeto amado. Os sujeitos melancólicos se sentem como objetos amados perdidos, embora não assumam todas as características do objeto. O ego é sentido como objeto mau e eventualmente esse objeto interno mau ou o objeto amado perdido é transformado em superego sádico. O ego passa, então, a ser uma vítima do superego, desamparado e sem poder.
Já Winnicot acredita que a depressão é nada mais do que um ódio reprimido e desejos de morte, que levam à inibição dos impulsos instintivos. É um sentimento de culpa por algo que funciona de forma antecipada, se voltando contra o sujeito.
Para o psicanalista Fedida, a depressão é uma forma de adoecimento, uma perturbação típica da afetividade humana que pode estar presente em todos os quadros de adoecimento. Diferenciando os estados depressivos da melancolia, Fedida diz que “o estado de imobilização e cristalização (da depressão) aparece com freqüência como última defesa vital contra o desabamento melancólico e a hemorragia da culpabilidade e da vergonha. Já a depressão é a doença própria a um afeto congelando a vida humana, por meio de todos os quadros clínicos, sendo que na depressão vital o sujeito não mais dispõe de sua capacidade de ressonância. Isso porque a ressonância originária, aquilo mesmo que o humanizou, é o que se encontra em estado de falta no deprimido: ele realizou um movimento de fechamento a sentir os menores movimentos da vida. Desapareceram desejos e devaneios e, por isso, o aniquilamento: quase nem chega a ser um afeto que se experimenta e parece muito distante da percepção de um sofrimento vivido pelo sujeito. O pensamento, a ação e a linguagem parecem ter sido totalmente dominados por uma violência do vazio”.
Na obra lacaniana, são raras as passagens em que o psicanalista faz referências diretas ao tema, pois ao invés de utilizar o termo depressão, utiliza a chamada dor de existir. Em resumo, Lacan trata essa dor como conseqüência do existir no império da linguagem, ao qual todo ser humano está destinado, e que emerge quando o desejo se retrai e avança o gozo da pulsão de morte. Segundo Laurent, existe uma teoria de melancolia do ensino de Lacan, que evolui durante toda sua obra. Para ele, Lacan pensava a melancolia como um sacrifício suicida: O sujeito melancólico se nomeia, ao mesmo tempo em que se eterniza, e com isto Lacan deixa de pensar a melancolia a partir do narcisismo, para pensá-la a partir dos efeitos do parasitismo da linguagem no sujeito, estando o sacrifício narcisista subordinado ao sacrifício simbólico.
Ao falar de narcisismo e objeto, Lacan amplia sua teorização, considerando que o sujeito melancólico, atravessado pela imagem que efetuaria no impulso suicida, poderia ser apresentado com um exemplo do impulso de se reunir com o próprio ser. Ou seja, na melancolia, através do ato suicida, o sujeito se encontra com o objeto a.
Mais tarde, em Televisão, Lacan retoma Freud e Platão para falar da depressão como uma paixão da alma, a dor de existir. Em seu último estudo, ele vai dizer que a nominação é problemática. Mas por quê? “Porque a nominação é uma suposição. É a suposição do acordo do simbólico e do real. É a suposição que o simbólico concorda com o real, e portanto que o real está em acordo com o simbólico”. Se não consideramos este acordo “então é preciso um ato. Este ato não pode ressaltar senão o ponto de estofo maior que é o Nome do Pai”. Por esta razão, Lacan vai dizer “o pai do nome, o pai nomeador, aquele que assume o ato da nominação, e por isso mesmo que liga o simbólico e o real”
Citando Lacan, que diz que a depressão é uma covardia moral, Berenguer considera a depressão como uma má leitura do impossível que está em jogo. Tornar a situar o sujeito diante de um trabalho para uma solução que leve em conta os seus verdadeiros recursos, não os do ideal, que são semblantes, pode ter por si só um efeito terapêutico.
Para tentar dar algum direcionamento a pergunta inicial deste texto, cito Marcio Peter, que nos lembra a psicanálise, não como um materialismo do significante, e sim como uma Ética. E o que isso significa? Que a experiência analítica não se trata só de estruturas, e sim de escolhas subjetivas. E essa deve ser nossa posição no tratamento da depressão/melancolia. É deixar “a coisa” falar, e inventar um saber do que não se pode dizer, definir.
Infelizmente não tem legenda. Mas é um vídeo muito bom. É uma simulação de um início de uma esquizofrenia.