Realmente tem coisas na vida que a gente só entende depois que amadurece. Em alguns casos só com análise mesmo. Ou seja, tem gente que não entende nunca.
Categoria: Pessoal (Page 4 of 5)
O olhar que se olha a pessoa perfeita é um olhar raro.
Esse olhar te vê com o corpo lindo que você tem, em cada detalhe.
Esse olhar passa minutos percorrendo cada detalhe único do seu corpo nú, maravilhado.
Cada coisa é perfeita no conjunto de quem você é.
Toda mulher, ao menos uma vez na vida deve sentir esse olhar para si, e nunca mais esquecerá
A sensação de ser vista para além de seus defeitos.
Ao longo da vida nós fazemos escolhas, e essas escolhas nos marcam como sujeitos. Pois é. Todas as escolhas nos marcam. Desde o momento que você acorda e decide por exemplo tomar leite, e não café, até aquele momento no trânsito que você decide deixar alguem entrar na sua frente ou nao, e também outro momentos no qual você decide entrar num site pornográfico ou não. O fato é que todas as escolhas nos marcam como sujeitos. Todas elas vão dizendo, ao longo do tempo, quem somos, o que gostamos, o que não gostamos, o que fazemos quando estamos felizes, o que fazemos quando estamos triste, e o que fazemos quando ficamos sozinhos entre quatro paredes.
Entre quatro paredes a gente chega a pensar que ninguém pode saber o que a gente faz. Ou mesmo o que a gente pensa. Mas é ai que nos enganamos. Porque, sem querer, escapam coisas que não percebmos e que dizem desses momentos que achamos que podiamos esconder do mundo (e talvez de nós mesmos): os sonhos que contamos aos nossos amigos, sem saber o que estamos contando; os lapsos de memória em uma conversa; os tipos de filmes que gostamos de assitir; as brincadeiras e piadas que contamos e fazemos; o que deixamos de falar em determinadas dicussões; o ciumes fora de hora; a distância que tomamos de pessoas queridas, e a aproximação que fazemos de estranhos; whatever, tudo fala de quem somos e pra onde vamos.
A verdade é que ninguem fica reparando nisso o tempo todo. Ninguém fica fazendo analise do discurso 24/7. Isso, além de ser cansativo, não é natural do ser humano. Mas o fato é que algumas coisas são gritantes, parece que estão ali para ser vistas, escutadas, notadas. E a gente simplesmente nota.
O que se faz disso? Well, muita coisa. São os vários tipos de relacionamentos que as pessoas fazem ao longo da vida. Aprendemos a nos relacionar com as pessoas, de diferentes formas, e aprendemos a fazer ou não alguma coisa do que notamos. Bom, algumas pessoas não notam nada, preferem não desenvolver tal habilidade para não ter que lidar com as consequencias e decisões que tem que tomar quando as tem.
Eu, por mim? Noto sim, é verdade. Por vezes noto mais do que gostaria. Mas, na maior parte do tempo finjo que não. Esse é talvez a maior dificuldade mas também a maior virtude que posso desenvolver: deixar que cada um dê conta de si mesmo, mesmo notando tudo que noto.
Outro dia estava passando na TV, de novo, Vanila Sky. E de novo eu não consigo não ver. Este, e Brilho Eterno de uma mente sem lembranças são filmes que capturam minha atenção. Tenhos os dois, mas se vejo passando na tv, não consigo não ver. Por que? É impressionante a tentativa do ser humano em não ter que dar conta de suas feridas narcisicas. Primeiro a gente tenta inventar um SuperHomem, alguém que não morre, e ainda por cima é capaz de salvar todo mundo. O sonho de todo ser humano. Mas ele não faria tanto sucesso se não se parecesse de fato com um ser humano, então para isso ele tem uma fraqueza. E é exatamente essa fraqueza que o aproxima tanto de nós. Passada a fase super-héroi, começamos a tentar inventar máquinas ou coisas que nos permitisse viver a vida do jeito que gostaríamos que ela fosse, sem coisas ruins. E é ai que entram os dois filmes. Que maravilha seria, ao ter um problema, você simplesmente se congelar, e assim poder sonhar o sonho mais perfeito pra sempre. Mas vamos analisar de perto essa situação. Quando a gente tem um problema, a probabilidade de sermos responsaveis pela existencia dele é quase de cem por cento. Então o pior não é você ter o problema, mas você ter que admitir que você o tem porque você mesmo o causou. Então, o que as pessoas fazem? Culpam o mundo, culpam qualquer coisa, menos elas mesmas. Uma vez que o problema já existe, é muito dificil lidar com ele, então não é mais facil criar uma realidade paralela onde você não precisa pensar nem lidar com o problema? Você simplesmente se congela, e escolhe exatamente o que quer viver,e assim ser feliz pra sempre. Mas, não se esqueçam, somos seres humanos. E por mais que não entedemos nossa cabeça, ela funciona além dos nossos desejos! Então você está lá, vivendo essa realidade paralela, mas algo dá errado. Algo vem pra te mostrar que aquilo também não é perfeito como você gostaria. Algo vem te mostrar que mesmo os nossos desejos mais profundos também podem ser horriveis de ser vividos. O que me lembra do segundo filme. O ser humano não gosta de sofrer, mais o sofrimento é inerente a nossa evolução. É por sermos capazes de, frente a um sofrimento, aprender seguir adiante, que evoluimos. Somos capazes de olhar para trás, enxergar nossos erros, aprender com eles, e poder viver o futuro de uma maneira melhor. Mas imagine se realmente inventassem uma maquina que apaga memorias? Que absurdo! Bom, você não teria que lidar com a dor de uma separação, com as frustrações da vida, como o fato de que nem todo mundo gosta de você como você gostaria, mas, o que seriamos capazes de aprender com isso? Seriamos eternamente errantes. Repetiriamos sempre os mesmos erros e assim sofreriamos sempre. Seriamos escravos de uma máquina, e de nós mesmos, de nossos erros. Então, quando vejo esses filmes, não consigo não assisti-los, e por que? Porque ainda é impresssionante como eles remetem a nossa vida real, na qual desejamos e pesquisamos ferozmente pra que essas engenhocas existam, e o perigo de que um dia elas possam existir me assusta um pouco. Será que não vale a pena sofrer, mas ser capaz de lembrar também todas as coisas boas da vida? Será que não vale a pena ter problemas exatamente porque somos capazes de resolve-los e ficarmos extremamente contentes com o rumo que toma a nossa vida quando somos nós quem decidimos o que quereremos do futuro? Será que o ser humano prefere ser objeto de sua vida, e não sujeito? E o preço que se paga? O triste e olhar para tudo isso e perceber que, como ainda não temos essas máquinas, temos outras coisas que nos afatam de nós mesmos e da vida. A internet, os remedios, os vicios, enfim, muitas coisas que nós mesmos inventamos para criar nossas realidades paralelas. E enquanto nos afastamos da vida, outros assumem nossos lugares e tomam decisões malucas pelo mundo e pa sociedade, e ai a gente vive essa caos que vivemos. E ai achamos mais um motivo pra continuar na nossa realidade paralela, afinal, o mundo está um caos. É um ciclo vicioso, e o ser humano nunca se implica nisso. Nossos atos sempre tem consequencias, inclusive quando a gente se retira para o nosso mundinho. Como dispertar a vontade de viver nessa multidão de pessoas que vivem suas realidades paralelas? Como mostrar que viver vale a pena, sofrer também vale a pena, e ser sujeito da sua propria vida pode ser muito gratificante? É a metáfora do sapo, ele sai e vê que o mundo é lindo, mas como voltar e convencer o outro que não quer sair? Temos esse direito? Ou mais, esse é nosso dever? Então, para celebrar o quanto é bom viver, recomendo o filme (que ainda não sei o nome em Português) Scenes of a sexual nature. É um filme que celebra as pequenas coisas da vida, os pequenos momentos, as brigas, os desencontros, os encontros, as escolhas que fazemos, enfim, um pouco de tudo. Recomendo também Stranger than fiction que mostra como é possivel nos tornarmos sujeito de nossas vidas mesmo quando já parece tarde, e como isso pode ser gratificante!
Detesto palhaços. Ele te fazem sorrir a toa. Eles te fazem sorrir quando você não está a fim. Eles te fazem sorrir e esquecer do que é importante pra vida, que não é aquela esperança bobinha, e sim o fato de que a vida é dura sim e você tem que lutar, e que na maior parte do tempo você não irá sorrir. Não, você não passa a maior parte da vida sorrindo.
O tempo… Eu não acho as palavras.
Eu não moro mais em mim.
O tempo… Onde será que você está agora?
Estou ao meio.
O tempo… Passa e leva tudo embora.
Onde está o futuro?
O tempo…
(From the OC)
You say life is a dream where we can’t say what we mean
Maybe just some roadside scene that we’re driving past
There’s no telling where we’ll be in a day or in a week
And there’s no promises of peace or of happiness
Well is this why you cling to every little thing
And polverize and derrange all your senses
Maybe life is a song but you’re scared to song along
Until the very ending
Oh, it’s time to let go of everything we used to know
Ideas that strengthen who we’ve been
It’s time to cut ties that won’t ever free our minds
From the chains and shackles that they’re in
Oh, tell me what good is saying that you’re free
In a dark and storming sea
You’re chained to your history, you’re surely sinking fast
You say that you know that the good Lord’s in control
He’s gonna bless and keep your tired and oh so restless soul
But at the end of the day when every price has been paid
You’re gonna rise and sit beside him on some old seat of gold
And won’t you tell me why you live like you’re afraid to die
You’ll die like you’re afraid to goOh, it’s time to let go of everything we used to know
Ideas that strengthen who we’ve been
It’s time to cut ties that won’t ever free our minds
From chains and shackles that they’re in
From the chains and shackles that they’re in
Well life is a dream ‘cause we’re all walking in our sleep
You could see us stand in lines like we’re dead upon our feet
And we build our house of cards and then we wait for it to fall
Always forget how strange it is just to be alive at all
Tudo está dito
O fim está próximo
As palavras nos tocaram
Nos machucaram
Nos fizeram pensar no amanha
Amanha que não existirá para nós dois
Serei eu aqui, você longe
Tudo está dito
O fim está próximo
O que faremos então?
Palavras podem ser somente palavras
Mas as ações não perdoam
Fingimos não ver a verdade
E agora nos despedimos sem palavras
Me perdoe por pedir, suplicar, exigir
Mas ha coisas que não são ditas
E que não podem ser explicadas
Com palavras
Por isso acredito que
Tudo está dito
E o fim chegou
Adeus
Cada dia um momento
Pra curtir
Pra viver
Pra escolher
Pra se arrepender
Cada noite uma hora
De tomar folego
De sonhar
De desejar
De se arrepender
Você procura, depois se esconde
Você chama meu nome, mas fica em silêncio
Você vê dois caminhos na sua vida
E esses caminhos se abrem em mais caminhos
E você quer todos eles
E eu também
Cada dia um momento
Pra curtir
Pra viver
Pra se arrepender
E pra se apaixonar
Cada noite uma hora
De tomar folego
De sonhar
De amar
De se arrepender
Você procura, depois se esconde
E chega a hora do julgamento
E a vida não é a justa
Ninguém vê o caminho que você andou
E você não sorri
Nem eu
Cada dia um momento
Cada noite uma hora
De se arrepender
Mas se quer você tentar
Eu acredito
As pessoas estao estão cada vez mais individualistas.Ontem eu estava andando “em familia”, tinhamos ido na farmacia para dar uma volta, fazer um exercício. Atravessando um farol, lá estava uma moça num Gol velho, bem velho, tentando fazer o carro pegar, e nada do danado dar sinal de vida. Eu demorei pelo menos cinco minutos para conseguir atrevessar, e contando que ela ja estava ali antes de eu chegar, e continuou após eu ter ido embora, contem ai o tempo que ela deve ter afogado o carro de tanto tentar fazer o bichinho pegar. Mas a cena não está completa ainda. Nesse tempo todo, passou todo o tipo de gente perto dela: homens, mulheres, crianças, policiais, enfim, um mundo de gente que podia gentilmente se oferecer para dar um empurrãozinho no carro, mas ninguém nem dava bola pra ela. Eu até me senti mal com isso, por estar com um nenem no colo e não poder ter ajudado. Eu pensei que isso podia estar acontecendo comigo, e não estaria melhor do que ela naquele aperto.
E aconteceu.
Hoje estava eu indo pra faculdade de onibus e metro. Contei o dinheiro: eu tinha exatos oito reais. Isso dava pra pegar o onibus té o metro, o metro, e o onibus até a facu, e ainda tomar um sorvete. E lá fui eu com o Vinicius no canguru. O negócio já começou a dar errado na ida. Eu tava no primeiro onibus e começou a chover. Até ai tudo bem, porque o terminal é coberto, o metro também (pensei). Mas por qual motivo nao sei, o onibus não parava no terminal. Lá vai eu correndo garoa abaixo com um pano na cabeça do Vi. No metro, tudo bem, fui chupando meu sorvete feliz e contente, até porque não tinha almoçado ainda e já era cinco horas da tarde. Mas, parece que eu fiz as contas erradas, porque chegando no metro Bresser, meu ponto final, eu só tinha em mãos R$ 1,70. Sim faltava trinta centavos. E o pior, estava o maios toró. Sim, eu podia ir apé até a facu, meia hora andanda, mas e a chuva? E eu sem guarda chuva com o Vi a tira-colo?
Bom, “mendigar” trinta centavos estava completamente fora de cogitação. A chuva parar também estava completamente fora de cogitação. Então fui andando para ver se no meio do caminho alguem gentilmente cedia seu guarda chuva velho, afinal, eu estava com uma criança nos braços. Hahahha: doce ilusão. Cheguei a ficar uns dex minutos paradas em frente a uma doceria, onde o povo olhava, perguntava, mas nada de oferecer uma ajudinha. Até que, no meio do caminho, o dono de um bar que tocava forró ofereceu ajuda, mas o que ele tinha era simplesmente um saco, tipo uma estopa, fez de um jeito que ficou do tamanho do Vi. É claro que eu aceitei, porque já estava até atrasada pro compromisso (isso porque eu sai de casa com duas horas de antecedencia).
Bom, depois dessa aventura, aprendi que da próxima vez que eu achar “uma mulher que não consegue ligar o carro” (metafóricamente) eu vou ajudar, porque tudo volta pra gente. Tudo.
É o capitalismo contemporaneo.