O inconsciente é um texto à espera de leitura
Te ensino a ler sua letra e semear sua escrita
Vamos transformar seu sonho em texto?
Escrita Corpo Falante é um Espaço de convite à hæresie para aqueles que desejam inventar variados modos de ler, escrever e clinicar através da psicanálise borromeana de Jacques Lacan.
Escrita Corpo Falante não é um Projeto que oferece cursos de escrita criativa ou produção de textos. Nos interessamos pelo grão de estilo singular de escrita que você já tem, mas ainda não aprendeu a reconhecer e semear através do seu território desejante.
Com o que trabalhamos?
O grão central que germina todos os nossos projetos parte da hipótese de doutorado da Psicanalista Aline Accioly Sieiro (2023). Com o suporte da teoria do nó borromeano, articulada por Jacques Lacan, a tese, intitulada “Passagens em Caso: deformações d’alíngua na escrita” (FAFICH/UFMG) formula que o exercício do ofício analítico implica que o analista articule, singularmente, o tripé de formação freudiana (análise, supervisão e estudos teóricos) através da escrita.
Por que a escrita se torna necessária para o analista?
Ao final de sua vida, Freud já estava preocupado com as garantias que possibilitariam a continuidade da existência da psicanálise e com o rigor da formação dos analistas pós-freudianos. Tal preocupação atravessou todo seu tempo de ensino e transmissão. Posteriormente, Lacan produziu críticas importantes ao estabelecimento e reconhecimento dos analistas de escola, especialmente por notar que a tríade freudiana não produzia necessariamente analistas implicados na continuidade do campo psicanalítico, ao contrário. Muitos tornavam-se apenas trabalhadores do inconsciente, aplicando a técnica psicanalítica e resumindo-se a replicadores de suas invenções, sem contribuir para a manutenção e a continuidade do campo. Paradoxalmente, tais impasses produziam a morte da causa inconsciente, já que está é, sobretudo, o manejo e o tratamento do sujeito inconsciente cuja condição de singularidade radical impõe sempre uma novidade, variados modos de invenção, criação e atualização de seus mal-estares, sofrimentos e sintomas.
Com o suporte da topologização das estruturas, que nos permite ler e manejar o inconsciente de outras formas (para além do equívoco de tomar as estruturas de forma rígidas – neurose, psicose, perversão, autismo), Lacan insere um quarto elo à tríade freudiana: a passagem pela escrita singulariza o estilo de analisar, suportada pela tríade universal destacada por Freud. No entanto, se torna necessário discernir de que escrita falamos.
O que é escrever?
Escrita Corpo falante germina as mais variadas respostas que essa pergunta pode ter. Começamos por estudar (a) o estatuto da escrita no campo freudiano, seguimos pelo (b) estatuto da escrita no campo lacaniano e passamos à possibilidade de semear o (c) seu grão de escrita, ao articular, através das letras de Freud e de Lacan, a sua letra que está a espera de ser decantada.
Para isso, temos três objetivos:
- Te ensinamos a ler lalínguas desconhecidas e singulares, que habitam a linguagem, à espera de leitura;
- Te apresentamos as operações que envolvem as possibilidades de traduzir essas letras enigmáticas entre línguas;
- Orientamos seu processo de escrita e composição e/ou fabricação das escritas que se revelam nas transformações articuladas através das operações anteriores.
Como?
Vamos:
- Ler
- Traduzir – transformar
- Escrever – deformar
Então o espaço de escrita é apenas para analistas?
Não! Podemos:
- Escrever literatura (escrita livre)
- Escrever caso clínico (escrita do analista)
- Escrever pesquisas científicas (escrita do pesquisador)
Através de um estilo que, ao ser lido, revela que o texto só poderia ter sido escrito por você! Para isso, temos alguns Eixos de Trabalho:
- De’Formações do Analista;
- Práticas de Escrita livre
- Clube de Leitura
Para saber mais sobre essas propostas, basta clicar em cima delas no corpo do texto acima ou no nosso Menu do site.
Seja bem vinde à heresia de escrita!
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